Havia uma certa tensão naquela mesa de café. Desconfortável, Shizune tentara ser o mais polida possível ao desculpar-se da do marido naquela manhã. A senhora daquela casa hesitava e evitava tanto os olhos de sua cunhada. Hinata estava melancólica, e isso estava completamente estampando em seus olhos e expressões, então Shizune entendia que de fato, os irmãos haviam brigado na noite anterior.
Ela suspirou, enquanto deixava o doce do chá que bebia inundar seu paladar.
— Você tem planos para hoje, cunhada? — indagou para a mulher de cabelos índigos.
Hinata ergueu o olhar para ela enquanto pressionara os lábios um pouco. As pontas de suas unhas tilintavam contra a porcelana enquanto ela se deixou pensar na noite anterior por frações de instantes. Lembrando-se do quão doce, Naruto fora, de como a acomodou em seus braços e fora capaz de sussurrar as palavras certa, de como ele disse com tamanha certeza: "Não precisamos dele, podemos fazer isso juntos. Com você ao meu lado sei que podemos!"
Hinata sorriu suavemente e disse:
— Vou andar um pouco no centro, vou visita algumas lojas e... talvez comprar um chapéu novo ou... ou um vestido.
Naruto, que até então estava calado, quase não conseguiu deter o pequeno repuxo de sorriso que se formou em seus lábios.
Estava confiante, e não, não eram nos negócios. Honestamente? Hinata era incrível e seus planos sem dúvidas faziam jus ao mais incrível negociante ou visionário. Não... ele estava confiante a cada dia que havia escolhido a mulher certa para depositar todo o seu amor, fraquezas, medos e sonhos.
— Bom, eu adoraria acompanhá-la, mas infelizmente hoje eu tenho uma agenda um pouco agitada, além de ver o médico, eu tenho uma reunião de senhoras para o baile de caridade, além de começar a organizar as festividades da padroeira.
— Tudo bem... eu... está tudo bem.
Shizune então virou seu olhar para o coronel.
— O senhor se importa de levar minha estimada cunhada nesse passeio? Poderia aproveitar e fazer algumas compras, Hinata tem um gosto excelente para ternos.
A Hyuuga corou. Estava tão obvio naquela casa sua relação com o jovem coronel a ponto de sua cunhada a jogá-la daquele modo? Bem, de certo ao menos Shizune parecia confortável com aquilo, bem diferente de seu irmão, Neji.
(...)
— Isso não é exagerado demais? — os olhos perolados encararam o próprio reflexo no espelho de corpo inteiro. Seu tom baixo, doce e inseguro fez com que um malicioso sorriso torcesse nos lábios do loiro que a observava sentado em uma das poltronas da sala da suíte.
Ele analisou o longo roupão de seda que Hinata que vestia, e esse, ainda que fosse longo e a cobrisse mais do que ele gostaria, ainda assim, o tecido maleável e sedoso agarrava-se às curvas dela, tal como Naruto se agarrava quando estavam sobre uma cama.
Sentiu seu interior em chamas, ao ponto que pulsou seu sexo, endurecendo ante a perspectiva daquela linda mulher que o encarava pelo reflexo.
— Seus olhos são exagerados... nenhuma joia poderia sequer comparar — ele sugou o ar denso, controlando o ardente desejo por ela. Fitou o contraste do belíssimo e pesado colar de safiras que contrastava deliciosamente com a pele leitosa que a jovem Lady possuía. — Safiras são um mimo.
Ela sorriu enquanto as bochechas assumiram o tom pêssego, amadurecendo em um rosado. Os lábios cheinhos curvaram-se, enquanto ela hesitava virando-se frente ao homem de olhos tão azuis quanto as joias que a presenteara mais cedo naquele dia.
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A viúva do coronel
Fiksi Penggemar"O jornal das senhoras sempre prezou por mulheres incríveis na nossa sociedade, por isso, as mais procuradas são as dotadas de todas as qualidades confiáveis que tornam uma mulher única e valorosa para seu homem, nota-se: Ela é amável e obediente." ...