O Jogo Dos 23 Monstros

9. The Box

Eu to muito atrasada aqui, mas tá muito dificil pensar na aparência dos monstros, sou muito visual, eu preciso ver pra escrever e preciso gostar. Tenho usado muito a IA, tenho plots incríveis mas na hora... não tenho um monstro.  Me sinto uma farsa.

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The Box foi a empresa mais comentada do século quando inaugurada e com o passar dos meses, cresceu mais do que alguém poderia prever.

Agora somos registradas como "agentes de entretenimento adulto", com o discurso que somos entregues para outros fins que não apenas sexo.

Na real, nunca ninguém me encomendou para fazer drinks ou separar as contas. É sempre sobre sexo.

A proposta é simples, o cliente faz um pedido detalhando o que pretende fazer e como ele quer a caixa, então o vendedor separa. Bem simples.

Exceto que a entrega é feita por segurança treinado e eu fico o tempo todo com um alarme, se eu tocar, ele entra e resolve a situação, então nada que não estava no pedido pode ser feito ou as coisas acabam bem ruins.

Pego a ordem de serviço de cima da mesa do vendedor, não há muito detalhes, apenas um texto curto.

"Mulher para dupla penetração, único usuário"

Bem, ele deve gostar de usar brinquedos.

Abaixo havia uma descrição de como eu devia ser entregue e nada mais.

— Alguma dúvida?

— Ele não disse nada sobre roupas?

— Não — o vendedor dá de ombros — de acordo com sua experiência?

— É melhor não usar nada.

Ele ri enquanto tiro o vestido e a calcinha, entro na caixa de papelão aberta, o cliente pediu que eu fosse enviada de quatro, então é como eu fico.

A caixa não é espaçosa, então estou com a bunda encostada na parte de trás do papelão e o rosto na frente.

Não indico esse emprego para claustrofóbicos.

O vendedor me entrega algumas almofadinhas fofas para os joelhos e fecha a caixa com fita adesiva, deixando-me no completo escuro.

Sou levada para o porta-malas de uma van, demora cerca de vinte minutos até que o entregador estacione. Então chacoalha demais por um tempo. Ouço uma campainha alguém atender o interfone.

— Entrega.

— Pode deixar aí.

Sou colocada no chão e ouço os passos do entregador se afastando.

Algum tempo depois a porta abre e sou arrastada pelo chão. Tudo fica em silêncio e começo a sentir a tensão.

Normalmente os clientes não são minimalistas, descrevem cada coisa sórdida que farão comigo, isso me deixa mais tranquila para o trabalho.

O próximo som me assusta antes que eu entenda o que está acontecendo, parecido com o barulho de um serrote, a faca ou o que quer que seja.

— Não tenha medo — a voz mais parece com de um demônio de filme de terror, esganiçada e rouca ao mesmo tempo. Me pergunto se é uma senhora de oitenta anos que fuma quatro maços de cigarro por dia.

Mas aceito a sugestão e forço meu corpo a se acalmar, ele continua cortando na parte de trás da caixa, então o som para e percebo luz entrando. O pervertido abriu um buraco na caixa.

Ainda estou aceitando a ideia de que não vou ser tirada da caixa essa noite, sinto uma mão em minha bunda, é difícil distinguir ao certo, mas parece que ele usa uma luva de couro muito grossa, embora eu possa sentir os vincos em sua palma e também percebo unhas enormes, como postiças estileto.