A porra daquela bunda

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Na zona sul de São Paulo, mais especificamente em São Caetano do Sul, onde as ruas fervilham com cores vibrantes e o fluxo de carros era constante, encontramos Ace, um jovem de olhos e cabelos escuros com sardas no rosto. Ace era um artista, um sonhador, e seu coração batia ritimado ao som das musicas em seu fones de ouvido.

O ritimo de seus dias era constante mas sempre agitado, tinha muitos amigos e vivia junto de seus irmão mais novos dando dores de cabeça ocasionais ao seu avô.

Mas uma sombra pairou sobre a vida de Ace quando sua agora ex-namorada o traiu. Ela partiu seu coração em pedaços, como o vaso da sala que você quebrou jogando bola dentro de casa mesmo quando sua mãe disse pra não jogar. O moreno não era de chorar, mas naquela noite, ele desabou. Ele se refugiou na cozinha de seu apartamento tarde da noite, onde só algumas panelas esquecidas no fugão testemunharam suas lágrimas silenciosas.

Seus irmãos mais novos, Sabo e Luffy, decidiram esquecer a privacidade do mais velho e entraram na cozinha, olhando para ele com preocupação. O segundo mais velho, com uma das mãos enfiadas em seus cachos loiros e rebeldes, foi o primeiro a falar.

— Ace...o que aconteceu? 

— Ela me traiu.....—  o mais velho disse sem rodeios afundando o rosto sobre os braços derbuçado sobre a mesa da cozinha —  E ainda me mandou ..... essa merda —  o sardendo empurrou o celular na mesa com o chat de mensagens aberto exibindo uma selfie de sua ex com cara qualquer em uma cama.

— Nossa que quenga — o caçula falou instantaneamente 

— LUFFY! — o loiro o repreendeu pelo linguajar

Ace chorou naquela noite, sendo acolhido pelos abraços carinhosos de seus caçulas numa madrugada regada a xingamentos exagerados e uma bebida de procedencia duvidosa — trazida da casa de seu avô sem o conhecimento do mesmo — o moreno estava decepcionado mas a companhia e as brincadeiras que vagarozamente aliviaram o clima fizeram sua mente nublada clarear.

Atualmente...

Não é assim que essas coisas funcionam ao menos não deveriam ser, poderia ser descrito como algo semelhante a saudade ou perseguição mas naquele momento — duas semanas depois do evento na cozinha — Ace preferia usar o termo "fogo no cu", não era como se ele ja tivesse superado, foi um relacionamento de três anos, era dificil mudar de um dia pro outro. Mas depois daquela porcaria de foto é de se esperar que ela apenas seguisse em frente — ao menos era o que ele pensou que fosse acontecer — mas essas merdas de mensagens constantes dizem o completo oposto.

O moreno tentou aproveitar o maximo do dia se divertindo com os irmãos mas havia perdido o pouco de sanidade que tinha pela tarde, agora definitivamente estava de saco cheio, não se importava com quantas festas ela frequentava, quem ela beija ou deixava de beijar e saber com quem ela dormiu na noite anterior era o cúmulo do absurdo — tem alguem precisando de terapia — nos pensamentos mais recentes do moreno rondava uma frase que seu avó costumava dizer no inicio de sua adolecencia ou nas palavras do proprio "aborrecencia".

 "Quer atenção? pendura uma melancia no pescoço e bota um foguete no cu".

Ele deixou o celular de lado se esticando no sofá pressionando uma almofada contra o rosto abafando um grito e raiva.

— Maluca... — murmurava agora não fazendo questão de disfarçar seu estresse

— Que foi? é ela de novo? — Sabo surgia da cozinha com um balde de pipoca sendo seguido por Luffy que tinha o cabelo coberto de confetes

— É...

— É a ex do Ace? vocês não terminaram? achei que você tinha bloqueado o número dela

— Fiz isso, mas ela me manda mensagem em outros aplicativos e faz um insta novo pra me encher o saco sempre que bloqueio o anterior — Ace se sentou no sofá catando seu celular notando novas notificações — Oh ela aqui de novo

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⏰ Última atualização: Jun 25 ⏰

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