Beomgyu nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome.

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Se Deus está no céu, Kai se pergunta qual o lugar de Beomgyu nesse mundo. Beomgyu é mais que um ser humano qualquer, é mais do que a palavra anjo pode descrever, mas também não deve ser chamado de Deus. É pecado.

Pft, como se eu já não fosse pecador só de pensar no corpo dele sem a túnica. Kai pensa, revirando os olhos durante o sermão do padre e cutucando as cutículas enquanto continuava viajando nos pensamentos impuros.

Kai olha brevemente para o acólito, sorrindo enquanto o garoto parecia tão atento ao discurso do padre. Ele acha que ninguém conhece seu tipinho e sua fama; que ninguém sabe que ele fumou maconha atrás da igreja durante a quermesse e fodeu com outro dos acólitos, bem inclinadinho no púlpito.

Mas Kai sabia. Kai sabia porque ele entrou de fininho na igreja aquele dia, desejando rezar pelo bem de sua avó que estava doente, mas mal passou da porta quando viu os garotos gemendo e fodendo. Talvez eles não soubessem que a igreja estaria aberta naquele sábado.

E desde que Kai viu o pau mediano e rosado de Beomgyu, não conseguiu tirar a imagem da sua cabeça. Ele via o garoto ajudando o padre e só conseguia pensar coisas profanas. Sua vontade era fazê-lo rezar enquanto seu pau ia bem fundo no outro.

Eventualmente o sermão acabou e a missa seguiu normalmente, Beomgyu fingindo não perceber como aquele garoto o observou tão profundamente desde o início da missa. Ele não mentiria, era quente pra caralho ser observado, sentir os olhos queimando em sua bunda que curvava levemente no tecido da túnica.

Quando tudo acabou, Kai foi o último a ficar, esperando por Beomgyu e aproveitando para rezar para sua mãe que havia pedido mais cedo. Ele sabia que Beomgyu sempre ficava até mais tarde, dizendo que iria ajudar o padre. Tudo isso para ser o favorito, o santinho, o bonitinho.

Um anjinho. Kai riu em descrença ao pensar nisso.

E assim que sua reza acabou e Kai se levantou, pronto para supostamente ir embora, Beomgyu apareceu perto dos bancos, vestido com sua roupa comum e com um molho de chaves em mãos e a túnica perfeitamente dobrada em um dos braços.

— Com licença, me desculpe, mas hoje a igreja não vai ficar aberta até tarde. Teremos algumas manutenções amanhã e eu fiquei encarregado de organizar as coisas. — Beomgyu se explicou quando Kai o olhou com dúvida, sorrindo gentilmente e com a voz baixinha. Ah, Kai queria tanto ouvir aquela voz falhando e chamando por seu nome.

— Eu já estava de saída. — Kai devolve o sorriso, rindo um pouquinho quando o rosto de Beomgyu se contorceu em uma expressão óbvia de decepção. Tão vendido, uma meretriz. — Mas não seria nenhum incômodo se você quisesse alguma ajuda.

Beomgyu parecia tentado a aceitar, mas também sabia que precisava negar porque ele não sabe se controlar perto de homens bonitos e porque ele deveria, já que estavam em uma igreja. Mas antes que ele pudesse negar, Kai continuou:

— A igreja é enorme, você vai passar a madrugada aqui. — Kai disse, torcendo para a desculpa ser boa o suficiente. E também para que Beomgyu não estivesse planejando foder com o acólito novamente.

Beomgyu sorriu um pouco, convencido com a resposta de Kai. De fato, seria um trabalho árduo e ele não poderia negar uma ajuda. Ele só esperava não se render à nenhuma tentação do diabo e pecar no lugar onde Deus é mais forte. Como se já não tivesse o feito antes.

— Seria um prazer ter sua ajuda. — Kai sentiu seu pau quase engrossar. Porra, até na frase inocente ele conseguia soar entregado, falando palavras que remetem à qualquer coisa menos inocência. Kai só consegue imaginar seu rostinho angelical cheio de esperma e lágrimas e seus gemidos ritmados com o som das bolas batendo em sua bunda.

PAI NOSSO, beomkaiOnde histórias criam vida. Descubra agora