Capítulo 34

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A noite do "Frontie Fiesta" finalmente chegou, e eu estou mais nervoso do que um esquilo em uma plantação de nozes, tentando decidir se uma jaqueta ou um suéter seriam adequados para o momento.

Olho para o relógio e percebo que faltam trinta minutos para eu ir buscá-la, o que só faz com que minha ansiedade aumente, sinto até uma dor de barriga.

Começo a trocar de roupa freneticamente, jogando camisas e suéteres para o alto como se estivesse participando de um jogo de basquete com meu armário.

— Só não posso parecer uma mistura de fashionista com um aspirante a super-herói, certo? — digo, tentando arrumar a bagunça.

Ah, foda-se!

Decido que uma camisa branca e jaqueta é a escolha certa, mas o dilema não termina aí. Fico parado na frente do espelho, dividido entre usar óculos ou lentes de contato.

— Óculos dão um ar intelectual, né? — Suspiro. — Mas lentes de contato são mais descoladas, certo? — Bufo. — Okay, talvez eu devesse usar os dois e criar uma tendência. Ou talvez não. — Suspiro.

Foda-se, vou de óculos mesmo, e ai de você achar o contrário, porque vou ficar gato do mesmo jeito.

— Miaaau! — começo a rir.

Quando penso que está tudo resolvido, ao voltar a me encarar no espelho, sinto que estou prestes a ter um colapso capilar. Meu cabelo, que parecia normal segundos atrás, agora se torna uma batalha entre mim e o frizz rebelde.

— Drogaaaa!

Pego um pente e começo a domar a fera capilar, mas quanto mais eu tento, mais estranho ele fica.

— Por que não posso ter um cabelo que simplesmente concorde em ficar no lugar? — murmuro, resignado.

Assim que termino a batalha épica contra meu cabelo, fico pronto - ou, pelo menos, espero estar. A campainha toca, e meu coração começa bater mais rápido, como se já soubesse quem está do outro lado da porta.

Abro-a com expectativa, e a visão que se desdobra diante de mim me deixa sem palavras.

— Oi...

Diante de mim está ela, Alana, vestida como se tivesse acabado de sair dos meus sonhos. Uma blusa vermelha colada destaca cada curva, mangas bufantes acrescenta um toque de ousadia. A saia preta mais curta, com uma fenda tentadora na lateral da perna direita, me faz desejar roças os meus dedos, e a meia-calça complementa o visual, enquanto as botas completam o conjunto de forma impecável.

— Nossa... — murmuro, prendendo meu olhar em sua gargantilha que realça delicadamente a curva graciosa do pescoço, e seus cabelos soltos estendem em ondas sobre os ombros. — Uau!

— Gostou?

Fixo meu olhar em seus olhos, engolindo em seco. A maquiagem sutil destaca seus olhos castanhos e realça os lábios de uma maneira que me faz questionar se devemos ir ou se a puxo para dentro do meu quarto.

— Rhavi?

Fico encarando-a, perdido na imensidão dos detalhes que a torna mais do que extraordinária. E é nesse momento, que percebo que a nossa amizade é apenas a superfície do que eu realmente sinto.

Meu coração bate tão forte que eu posso jurar que ela consegue ouvir.

Alana sorri, notando minha expressão atônita.

— Estou tão linda assim que ficou mudo?

— Você está incrível!

Ela ri e eu fico preso no encanto da sua risada.

CONQUISTANDO MINHA VIZINHAOnde histórias criam vida. Descubra agora