Oiê, sejam todos bem vindos à uma nova versão de M.N.E.F.! Como vocês estão? Espero que as mudanças facilitem a compreensão, e espero que mesmo sendo uma história fictícia, Deus fale com vocês!! Não se esqueça de deixar seu voto na estrela ⭐, Boa leitura!!
"Não foi isso que eu ordenei? Seja forte e corajoso! Não tenha medo, nem fique assustado, porque o Senhor, seu Deus, estará com você por onde quer que você andar."
Josué 01:09
Há uma frase de um livro que li, que diz que é mais difícil julgar a mim mesmo que julgar os outros¹. Confesso que quando tive conhecimento dela pela primeira vez, me passou despercebida. Mas, olhando para trás, o que mais tem o meu arrependimento, foram os meus julgamentos. Eles me fizeram réu e juiz; de mim e dos outros. Trazendo um céu cinzento e dias chuvosos que pareciam intermináveis.
Mas nem sempre foi assim.
Houve uma época em que os pés de acerola no quintal eram vastos, e um frondoso carvalho sustentava uma casinha de madeira. Casinha essa que abrigava nossos sonhos, aventuras e mundos desbravados. Em que a realidade era repleta de travessuras, risadas, músicas e uma amizade inabalável.
A sensação que tenho é que não houvera nada antes daquele período. Como se tudo tivesse começado com ele...
Cristhian Howard. Cris. Meu amigo de infância. Minha primeira paixão. Meu primeiro coração partido.
A primeira vez que o vi, tínhamos sete anos.
Ele era magro demais, pálido demais, olhos castanhos curiosos e bochechas com covinhas, que ficavam rubras sempre que a timidez se fazia presente. Ele chorava por tudo, mas era corajoso e animado; foi inevitável criar uma amizade.
Sinceramente, eu não lembro de nenhuma parte da infância em que ele não estivesse presente. Eu, ele e Mariana éramos vizinhos e formávamos um trio e tanto, para nossa alegria e tristeza de nossos pais.
Três anos depois, Mariana se mudou e ficamos apenas nós dois com a missão de bagunçar tudo o que víamos. Mesmo quando eu fazia algo errado, Cris levava a culpa dizendo ser sua responsabilidade por ser meu irmão mais velho.
De fato, parecíamos irmãos. Brigávamos e éramos unidos na mesma medida. Nossas famílias também ficaram próximas e isso fez minha infância ser incrível.
Bons pais, bons amigos, alegria e uma casa na árvore que era nosso refúgio. As tardes eram regadas de músicas, tortas de morango, livros e uma sensação inexplicável de aconchego. Mas então meus catorze anos chegaram e com ele uma enxurrada de sentimentos e acontecimentos, que eu não podia prever.
Por algum motivo, os abraços de Cristhian antes tão normais, agora me causavam timidez e um frio na barriga. Quando não nos víamos, eu era tomada por uma inquietação e saudade latente. Cada sorriso era gravado em minha memória e meu coração aquecia por cada mínima coisa que ele fazia.
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Margarida Não É Flor
SpiritualUma perda. Mudanças. Desilusão. Primeiro amor. Alycia já havia passado por muito e se via na melhor época de sua vida: Estava enfim superando o passado. Com o namorado perfeito, boas amigas e o último ano do colégio, se sentia vivendo em um sonho. A...