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Não aguento mais!
Essa é a frase que eu repito mentalmente ao longo de  15 minutos, enquanto mamãe fala para levar as roupas na lavanderia mais próxima. Infelizmente, nossa máquina de lavar estragou hoje pela tarde, e ninguém, ninguém mesmo, veio arrumar.
Impressionante.

— Você quer que eu repita mais uma vez? — diz ela, com um tom de voz mais autoritário. Prontamente, levanto e pego as roupas jogadas, junto com a chave, e vou em direção à porta.

O Prédio Hortem não está muito movimentado hoje, apenas algumas idosas levando seus lindos e irritantes cães passearem. Não digo irritantes porque não gosto deles, só não gosto do barulho alto que eles fazem todo dia pela manhã.

Tateio o bolso do casaco e encontro meus fones, e agradeço mentalmente por não ter tirado eles de lá. Abro minha playlist, escolhendo " I Can See You - Taylor Swift"  como trilha sonora, avistando a lavanderia.

Entro no local calmamente, olhando ao redor e percebendo apenas algumas pessoas, sendo a maioria mais idosas. Ainda não conheço grande parte das pessoas daqui, apesar de já estar morando na cidade há 3 meses, logo depois que o divórcio de meus pais abalou a "família perfeita".

Mamãe não fala muito sobre meu pai, mas sempre que entramos no assunto "relacionamento" e ela fala como nenhum homem presta, tenho certeza que é se referindo a ele.

Ouço o barulho do sino da porta ecoar novamente, achando que era outra idosa com problemas para lavar as roupas, mas me impressiono quando vejo alguém não tão mais velho que eu. E um alguém muito bonito também.

Seus olhos oliva percorriam algumas camisetas, separando-as e se virando para mim, percebendo que estou encarando-o. Me viro rapidamente, antes que pudesse ficar mais vermelha do que estou.

— Com licença. — escuto a voz mais calma e excitante que eu já ouvi. — Você está usando essa?

Olho para a máquina ao meu lado, demorando alguns segundos para raciocinar a pergunta.

— Ah, não! Pode usar. — digo envergonhada, repensando minhas quatro palavras umas seis vezes.

— Você é nova aqui? — pergunta o garoto, se apoiando para me olhar de lado.

— Sou sim, faz 3 meses que eu moro aqui. — coloco minhas mãos no bolso, pausando a música que ainda tocava baixinho.

— Aqui não é uma maravilha, mas também não é um inferno, dependendo com quem você andar, vai ser uma experiência muito boa. — diz com um sorriso de canto.

Escuto o "plim" da máquina ressoar, vendo que era as minhas roupas que estavam prontas. Pego a bolsa e as guardo novamente e me viro para o garoto, ainda desconhecido.

— Bom, espero que eu ande com as pessoas certas então! Tenho que ir agora, mas adorei a conversa, estranho. — digo com um sorriso no rosto, esperando passar um ar amigável.

— Sempre que quiser conversar na lavanderia, estranha. — ele ri um pouco, achando graça da situação.

Me viro e saio, sentindo o vento leve e andando prontamente para casa, lembrando de todas as perfeições que eu tinha visto e ouvindo hoje.

Caro leitor,Obrigada por querer acompanhar essa historia, de coração! 💖Os capítulos irão ser atualizados aos poucos, por isso peço paciência, mas garanto que não irei largar

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Caro leitor,
Obrigada por querer acompanhar essa historia, de coração! 💖
Os capítulos irão ser atualizados aos poucos, por isso peço paciência, mas garanto que não irei largar.
Perdão qualquer erro, por favor me avisem aqui ou ignorem.
Um beijo especial pra você 💋

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⏰ Última atualização: Jan 22 ⏰

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Laundry Room - Suna RintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora