If it Weren't so Late... (Kendall/You)

Capítulo Quatro

Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos.
25 de Maio de 2023.

Pov: Ayla Álvares Santiago.

"Would you please have mercy on me?
I'm a puppet on your strings
And even though you got good intentions
I need you to set me free"

Eu me encontrava sentada no palco com as pernas para fora dela, os meus olhos vagavam ao redor do grande estádio lotado. Conseguia ouvir vozes, gritos e choros, apenas por estarem me vendo.

Escrevi essa música em um dos meus momentos de vulnerabilidade, onde eu não conseguia parar de chorar após meu coração ter sido quebrado mais uma vez pela pessoa o qual sou apaixonada.

É tão estranho realmente sentir a dor do coração partido, aquela sensação de sufoco, desespero, como se seu chão estivesse sido despencado bem debaixo de seus pés.

— CASA COMIGO QUE EU JAMAIS TE FARIA SOFRER ASSIM.

Fui traga de volta para a realidade com o grito de uma fã, essa que surtou mais ainda quando percebeu que eu havia lhe escutado.

— Todos dizem isso - soltei uma pequena risada — E no final sempre fazem a mesma coisa - dei de ombros e criei coragem para me levantar.

— Meu coração está partido igual o seu, vamos dar as mãos! - uma outra garota respondeu.

Soltei outra risada e forcei os olhos para tentar lhe enxergar.

— Oh, ok, venha aqui - chamei me sentando novamente e os seguranças lhe ajudaram a vir até mim — Qual seu nome?

— Paloma - a moça respondeu com um grande sorriso no rosto.

— Olá, Paloma - cumprimentei com gentileza — Você veio com quem? - questinei virando o microfone em sua direção.

— Minha mãe.

Fiz um som fofo com a boca sendo acompanhada pelo resto do público e nós cumprimentamos a mãe dela de longe.

— Bom, eu te chamei porque você disse que estava com o coração partido - comecei a explicar — Gostaria de saber o que aconteceu - não escondi minha curiosidade.

A garota soltou uma pequena risada e suspirou fundo.

— Bom, minha mãe transou com o meu namorado e ela não sabe que eu sei - Paloma revelou.

Arregalei os olhos e levei a mão até a boca para reprimir a risada surpresa que queria sair. Me virei deitando no chão sem estar pronta para lhe olhar sem dar risadas.

Escutei alguns gritos de indignação e risada dos outros fãs. Meu Deus, onde eu fui me meter quando perguntei isso.

— Ok, me desculpe, eu não estava esperando isso - pedi envergonhada quando voltei a lhe encarar — Que filho da puta - xinguei negando com a cabeça.

O coisa mais surpresa era a tranquilidade da garota contando tudo, como se não fosse nada demais.

— Como você diria que está se sentindo agora? Muito triste ou com muita raiva? ou eu diria uma terceira opção que é tipo... - dei uma pausa pensando se realmente diria aquilo — Isso é muito embaraçoso porque a sua mãe está aqui - fiz uma careta.

Paloma sorriu de canto e deu de ombros como se não tivesse importância.

— Quantos anos você tem?

— 21 anos.

Eu vi aquilo como um sinal. Tudo liberado, então.

— Você diria que está brava, triste ou com muito tesão agora? - perguntei dando de ombros.