Irmãos Sakamaki: Desejo insaciável

Capítulo 1 :Moeda de troca

"Dedico esse livro a todas as garotas que sonham em ser tomadas na cama por seus personagens fictícios agressivamente enquanto são xingadas e humilhadas por eles da forma que mais gostam..."

#Um beijo e boa leitura#

"Me vi numa floresta, iluminada pela luz da lua, estava tudo tão escuro e sombrio. Já sem fôlego de tanto correr...escuto uivos de lobos ao redor de mim, quando uma leve brisa balançava as árvores altas ...não estava com medo, porém por algum motivo eu não parava de correr como se estivesse fugindo...até que vejo o sol nascer e de longe avisto uma casa branca, me aproximando cheguei há um portão preto e alto, sem fazer nada ele se abriu para mim me convidando a entrar ..."

O galo canta e mais uma vez, me desperto do mesmo sonho, no mesmo horário e com a mesma cena. Abri os olhos e me dei de cara com o teto branco, pisquei algumas vezes e suspirei reunindo coragem para levantar da cama "É normal sonhar a mesma coisa 4 dias seguidos?". Sem alguém para responder minhas
perguntas, me levanto e vou em direção ao banheiro lavar o rosto inchado de levar tapas da Sra. Aku na noite passada, por ter negado me deitar com um dos mais ricos e fiéis clientes dela.

Molho meu rosto com água gelada, sentindo uma leve dor por pressionar as mãos contra meu rosto, as olheiras fortemente marcadas abaixo de meus olhos castanhos tornavam minha aparência sombria, embora as pessoas que me viam trabalhar na taverna diziam se encantar com a minha beleza. Amarro os cabelos longos e ondulados em um coque, deixando a franja que já estava precisando cortar novamente e coloco as vestimentas de sempre como servente.

Saio do quarto me deparando com meu primo Heitor, mais velho que eu, nunca trabalhou na vida e mimado pelos pais :

— Bom dia priminha - fez a mesma voz irritante e debochado de sempre com aquele sorriso convencido

— Já estava na hora de levantar - escutei a voz de minha tia Kátia Aku a mulher que me criou depois de meus pais perderem tudo, sofrerem um acidente e por fim morrerem — Coma rápido, temos que abrir a taverna mais cedo hoje ou como acha que vai me compensar pela dívida que seus pais me devem? Tirando o que me deve por tê-la criado como minha filha e além do mais pela vergonha que me fez passar ontem - se ela me considerava filha dela falando assim, não quero imaginá-la como uma inimiga

— Sinto muito - essas palavras saíram vazias de minha boca, eu não estava arrependida por ter tomado tal decisão, não entendia o porquê dela ter me batido e pensar que minha própria tia me faria dormir com um homem

— É  Akemi, se sente - disse Heitor

— Já lhe disse para não me chamar assim. - voltei meus olhos para Heitor que me olhava com aquele sorriso sínico

— Mas este não é o seu sobrenome ? Isabella Akemi... - cruzou os braços sentando na cadeira — Oh, é verdade o significado do seu nome retrata certinho o seu rosto não é? - riu

— Calado ...

— Por que?- minha tia me olhou — Não foi sua mãe que preferiu colocar o sobrenome do seu pai em você, está o negando agora? - riu alto batendo a mão contra a mesa com força — Aceite o significado do seu sobrenome e a origem dele e o use como se deve, já que nasceu mulher . - seus olhos carregavam o que significava o sobrenome da família Aku: "mal". Talvez eu entenda do porque minha mãe colocar o sobrenome de meu pai ao invés do dela.

Akemi: beleza...e o significado do sobrenome da família de meu pai, as mulheres que o carregam geralmente são encantadoras, porém com má fama de concubinas, amantes ou até prostitutas...Por possuírem um rosto e o corpo tão esbelto aos olhos da sociedade, eram consideradas interesseiras e manipuladoras, já que homens deixavam suas esposas e filhos por essa maldita obsessão. Já que eu carregava toda essa maldita fama desse sobrenome, tive o azar de ser órfã antes de chegar à juventude, o que deu ainda mais a entender que o meu futuro não seria diferente das outras mulheres da família . Principalmente com a minha aparência...