Há muito tempo, na pacífica reserva quileute, uma família viveu um destino extraordinário que os separou da tribo. Diz a lenda que a filha mais jovem, Aiyana, recebeu dons especiais diretamente dos ancestrais, concedendo-lhe poderes místicos ligados à natureza.
O nascimento de Aiyana foi celebrado inicialmente como uma benção, mas à medida que seus poderes se manifestavam, a comunidade começou a temer o desconhecido.
Os anciões, incapazes de compreender totalmente esses dons, tomaram a decisão de expulsar a família, temendo que a presença de Aiyana trouxesse desequilíbrio à tribo.
A família exilada se estabeleceu nas profundezas da floresta, vivendo em harmonia com a natureza e aprendendo a dominar os dons de Aiyana. Enquanto isso, a tribo principal enfrentou desafios crescentes, indicando que o equilíbrio natural estava em perigo.
O medo se espalhou como uma sombra sobre a vila. Convencida de que todos os problemas eram resultado dos dons da pequena criança, a tribo, dominada pela descrença e superstição, decidiu que a única solução seria a execução de Aiyana.
A noite da execução foi marcada por uma atmosfera pesada e tensa. A lua brilhava com um fulgor sombrio, enquanto Aiyana, ainda uma criança inocente, estava prestes a enfrentar um destino cruel.
Os pais da menina, desesperados diante da crueldade que estava prestes a acontecer, tentaram desesperadamente intervir na execução de sua filha. No entanto, um sombrio traidor entre os membros da tribo, temendo qualquer interferência, interveio de maneira traiçoeira, degolando a cabeça de ambos sem sentir um único sentimento de remorso.
A tribo, dividida entre o medo e a tradição, reunia-se em um círculo sombrio ao redor da pequena criança. O brilho da fogueira dançava nas faces tensas dos anciãos, enquanto o murmúrio das folhas nas árvores parecia lamentar a escolha que se aproximava.
A tribo, cedendo ao medo e à descrença, testemunhou com corações pesados o momento terrível. Braços fortes, marcados pela indecisão, agarraram a pequena Aiyana e a lançaram na fogueira, cujas chamas agora dançavam com uma intensidade perturbadora.
O crepitar das chamas ecoava como um lamento, enquanto a lua, testemunha silenciosa, banhava o cenário em sua luz sombria. Aiyana ainda muito jovem, não entendi o porquê de tanta crueldade, ela chorava em silêncio enquanto sua pele ardia envolta de chamas.
Toda essa horrenda situação representava a tragédia de uma tribo dividida, disposta a sacrificar uma criança inocente em nome de temores infundados.
A floresta, outrora testemunha impassível, parecia suspirar com o peso da injustiça, enquanto a tribo se confortava com a realidade sombria de suas ações. A execução de Aiyana lançou uma sombra profunda sobre a tribo quileute naquele dia, marcando uma noite cujas cicatrizes reverberariam através das gerações
A noite trágica deixou uma marca eterna na praia de La Push, local onde seu pequeno corpo fora queimado.
Conta-se que a alma da pequena Aiyana, após a cruel execução, encontrou refúgio nas brumas costeiras.
Comovidos pela crueldade que a pequena menina sofreu, os ancestrais transformaram sua essência em um espírito protetor, cujo a alma vaga pelas praias, cuidando silenciosamente das crianças da reserva. Seus passos invisíveis deixam pegadas na areia, e sua presença acalma o coração dos pequenos, protegendo-os dos males que espreitam na escuridão.
A lenda de Aiyana, o espírito protetor de La Push, é contada em sussurros nas noites calmas. Dizem que, quando a lua está alta, é possível ouvir risos suaves e sentir a ternura da pequena Aiyana, que encontrou na eternidade a missão de zelar pelas crianças Quileutes, protegendo elas e cuidando para que nunca sofram o que ela sofreu.
Billy Black termina a história com um olhar profundo e melancólico fixado na fogueira.
- Mas quais eram os poderes dela Billy? Ela também se transformava como a gente ? - Seth Clewarer perguntou animado com a história que acabara de ouvir, ele era o mais novo da matilha e como esperado também era o mais curioso
- Dizem que Aiyana tinha dons que a permitia se conectar com a natureza - o homem sorri enquanto fala - ninguém sabe ao certo do que a mesma era capaz de fazer, e foi por isso que o medo reinou entre os nossos
- Mas por que ficaram com medo ? - o garoto pergunta arrancando suspiros cansados dos rapazes, ele não pararia por ali
- O desconhecido assusta a todos Seth, e não se pode controlar aquilo que não conhecemos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Lenda De Aiyana
WerewolfA dualidade de seus sentimentos o envolvia em um dilema constante. Por um lado, ele resistia à ideia de tê-la por perto, mas, por outro, uma força magnética o atraía irresistivelmente. O desejo conflituoso e a necessidade de afastamento criavam um j...
