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Henrique saiu para resolver alguns assuntos da boca, então estou sozinho em casa, infelizmente. Aproveitei que minha mãe não está, vou arrumar a casa. Primeiro comecei a varrer toda a casa, depois fui lavar as louças e assim por diante.

Quando terminei era meio dia, então logo Ph chegaria... Porra esqueci que minha mãe não sabe sobre nós, e agora? O que eu faço?

Para espantar um pouco os pensamentos, fui esquentar a comida para quando os dois chegassem. Ia me sentar no sofá, mas ouvi a porta sendo aberta, minha mãe havia chegado. Levanto e vou até ela.

— Boa tarde, mãe. Como foi no trabalho? — Pergunto dando um beijo na sua testa.

— Bem cansativo, mas amanhã vou está de folga, ô glória. — Ela levanta as mão para o alto.

— Que bom, a senhora realmente estava precisando de um descanso. — Ando até a cozinha e ela vem atrás. — Senta aí, vou pegar os pratos.

— Filho, vai trabalhar amanhã? A gente poderia sair, desopila um pouco né? — pergunta me olhando.

— não vou trabalhar. Vou ver se não tenho compromisso, sim? — Levo os pratos para a mesa, deixando tudo organizado. Minha mãe me olha confusa ao Ver que tem um prato a mais na mesa.

— Pra quem é esse outro prato, Matheus? — Ela franze a testa ao perguntar.

— Hum, vamos ter uma visita? — O que era pra ser uma afirmação saiu mais como uma pergunta.

— Quem? — ela eleva uma das sobrancelhas.

— A senhora vai ver.  — Assim que termino de falar a capinha toca.  Vou até a porta e a abro, logo vendo a figura alta do lado de fora. Henrique ao me ver abriu um grande sorriso. — Entra. — Sorriu, ele entra e fecho a porta atrás de mim, seguimos para a cozinha onde minha mãe se encontrava.

— Eai, sogrinha! — Henrique fala, fazendo minha mãe se virar para ele o olhando de cima a baixo.

— Sogra? Que história é essa, Matheus? — Ela me pergunta, obviamente confusa.

— Então.... Mãe, eu e o Henrique estamos ficando... Hum.. quase namorando? — O olho e ele confirma.

— É isso aí, sogrinha! — Ele senta a mesa de frente para ela, me senti ao lado dele, com medo dele e a da minha mãe falar alguma besteira.

— Você não é o carinha dono do alemão?

— É, sou eu mesmo. — Ele falando exibindo um sorriso branquinho.

— Sabe que pra namorar com meu filho, tem que ter aliança e tudo né? Não aceito menos do que isso. — Ela faz cara de brava.

— Coe, tia. É claro que vai ter aliança, já tava até vendo umas ai pá nós.

— Acho bom mesmo.

— Mãe, para com isso. — Nego com a cabeça.

— Não se mete, Matheus.. tem quantos anos Henrique?

— Tenho 24, tia — Ele fala calmamente.

— 24 é? Não acha que é muito velho pro meu filho não? — Ela diz deixando ele um pouco apreensivo. Ele passa a mão na nuca envergonhado.

— Num acho ó...

— Não aceito! — Ela exclama do nada me assustando.

— O quê? — Perguntei sem entender.

— Não aceito vocês namorarem !

— O qu... Por que?

— Ó a cara desse muleque, certeza que é maconheiro, daqueles que a  cada cinco segundos fuma um baseado, tem cara de que não toma banho a uns dois dias, só aceito ele te namorar quando ele voltar aqui fazer um pedido formal e colocar um anel bonito no seu dedo. — Ela fala tudo em um só fôlego.

— coé, tia, eu tomo banho sim, e... Bem, maconheiro eu sou sim, tem preconceito com maconheiro? É sal viu, e se preocupa com anel não que eu vou comprar, o mais caro que tiver, dinheiro é que não falta.

— Acho bom mesmo, em. Tu trabalha com o que, rapaz?  — Fudeu, a mamãe não sabe que o Ph é dono de tudo isso, meu deus, agora que ela não vai deixar mesmo.

— Eu? Sou chefe de uns negócios ai..

— Que negócios?

— Sou chefe de uma transportadora, e sou dono do Alemão.

— O QUÊ? Matheus tu tá se envolvendo com traficante menino!

— A qual é mãe? Pra que isso? — Pergunto já nervoso, e o Henrique fica calado só escutando tudo igual um cachorro abandonado.

— O tanto que eu tive cuidado pra tu não cair nessa vida, e tu me aparece logo namorando com um traficante, Matheus!

— Nós estamos juntos, mas isso não significa que ele vá se envolver nos meus negócios, eu prometo que ele vai ficar bem! — Fala se levantando da cadeira e parando de frente para minha mãe.

— Tá bom, mas ele se machucar eu juro que eu te mato, garoto.

— Pode me matar se algo acontecer.




— Pode me matar se algo acontecer

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𝑪𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑨𝒍𝒆𝒎ã𝒐 Onde histórias criam vida. Descubra agora