janela & beijos

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NARRADOR, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐
𝗦𝗲𝘂𝗹 - 𝗖𝗼𝗿𝗲𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗦𝘂𝗹
20:00 p.m

Naquela noite fria e silenciosa, Sana encarava Jihyo, surpresa com o que a morena acabara de dizer. A declaração sincera de Park Jihyo fez com que ela percebesse que, mesmo que as coisas fossem confusas por um tempo, tudo acabaria se acertando.

— Você tem certeza disso? Não está falando da boca pra fora? — Sana perguntou, ainda hesitante.

O fato de Jihyo ter escalado até sua janela só para vê-la revelou uma versão dela que Sana nunca havia visto antes. Aquele misto de sentimentos, até então indecifrável, agora parecia claro.

Era paixão.

Às vezes, somos tolos quando se trata de amor e de tudo o que o cerca. Afinal, os seres humanos são a única espécie capaz de evoluir a ponto de "pensar com o coração" e produzir sentimentos profundos, capazes de ultrapassar barreiras.

A adolescência é um grande marco na vida de qualquer pessoa, pois é nessa fase que descobrimos os desafios da vida e percebemos que o mundo não é tão mágico quanto parecia antes.

Jihyo olhou para Sana e suspirou:

— Eu sei o que estou falando, Minatosaki. Não me faça mudar de ideia — disse ela, quase rindo. — Eu quase caí da janela para te ver. Pensei duas vezes antes de fazer isso.

Sana sorriu e se aproximou, passando o polegar pela bochecha da mais velha e traçando com os dedos cada contorno de seu rosto. Segurando o rosto de Jihyo entre as mãos, ela a beijou, expressando ali todos os sentimentos que haviam se acumulado ao longo do tempo.

Jihyo retribuiu o beijo, fechando os olhos e colocando as mãos na cintura de Sana. Sunoo, o irmão de Sana, observava a cena em completo choque, mas não conseguiu evitar um sorriso ao ver a irmã feliz como nunca a vira. As bocas de Sana e Jihyo dançavam em perfeita sincronia, e, embora Jihyo já tivesse beijado antes, este beijo era diferente. Os lábios de Sana eram doces como sorvete, e o toque de sua língua na dela parecia a combinação perfeita, trazendo uma eletricidade única ao momento.

Quando se separaram, as duas se olharam e sorriram.

— Vamos ver onde isso vai dar — disse Sana, com um tom esperançoso. — A gente vê o que acontece depois.

— Eu quero te beijar mais uma vez — Jihyo sussurrou, sorrindo. — Estou viciada nos seus lábios.

E as duas se beijaram novamente, dessa vez plenamente conscientes de seus sentimentos. Sana não fazia ideia de como contaria tudo aquilo para suas amigas, mas estava feliz, aproveitando o momento, e isso era tudo o que importava.

Aquela noite permaneceu viva na memória das duas por muito tempo, como uma lembrança agridoce que jamais se apagaria. A confissão não resolvera tudo de imediato; Jihyo e Sana ainda precisariam de tempo, de conversas sinceras e de pequenos passos cuidadosos para reconstruir algo que a confusão e o mal-entendido haviam fragilizado.

Para Jihyo, a noite não significava apenas um pedido de desculpas, mas um processo de autodescoberta finalmente exposto. Pela primeira vez, ela se permitira reconhecer que gostar de alguém poderia ser complexo e confuso, que talvez fosse normal não entender tudo de imediato. E, ao se aceitar com todas as suas imperfeições, Jihyo começava a ver que seus sentimentos tinham valor por si só, independentemente de onde aquilo a levaria com Sana.

A relação entre elas, ainda que repleta de incertezas, ganhara uma nova camada. Sana, por sua vez, também foi forçada a confrontar suas próprias emoções. O pedido de desculpas de Jihyo trouxe à tona mágoas, mas também a fez questionar o quanto estava disposta a aceitar a complexidade dos sentimentos da amiga. Ambas perceberam que, por trás da confusão e das atitudes impulsivas, havia uma vulnerabilidade profunda e sincera.

A presença de Sunoo, ainda carregada de desconfiança, parecia pairar sobre elas como um lembrete constante de que não haveria atalhos. No entanto, Sana reconheceu que o gesto impulsivo de Jihyo — subir pela janela e o desespero de ser ouvida — era uma prova de que, mesmo com medo, Jihyo escolhera expor seus sentimentos, mesmo correndo o risco de ser rejeitada.

Para Jihyo, aquela noite marcou o início de um amadurecimento inesperado. Aos 17 anos, quase 18, ela passou a enxergar o amor, em qualquer forma que ele tomasse, como algo sem respostas fáceis. Gostar de alguém muitas vezes significava abrir mão de certezas e permitir que o tempo moldasse seus sentimentos naturalmente. Em vez de temer o julgamento alheio ou de si mesma, ela decidiu se aceitar como era: uma jovem em transformação, capaz de se apaixonar com todas as vulnerabilidades e confusões que isso acarretava.

Meses depois, enquanto ela e Sana caminhavam juntas pela cidade, as coisas entre elas estavam diferentes, mas não de forma negativa. Havia um respeito e uma tranquilidade no silêncio que compartilhavam, um espaço seguro onde ambas podiam se expressar sem medo de serem mal interpretadas.

Sana, aos poucos, também começou a perceber que Jihyo, com todos os erros e acertos, trazia uma nova perspectiva sobre o que realmente significa se aproximar de alguém. As mágoas se transformaram em uma amizade genuína, livre de expectativas e carregada de respeito mútuo.

Assim, o relacionamento entre Jihyo e Sana encontrou seu próprio ritmo, onde o amor e a amizade coexistiam, e onde os erros do passado ficaram para trás. Mais do que resolver a história delas, aquela noite de confissão abriu um novo capítulo — não um final perfeito, mas o começo de algo real, onde os sentimentos podiam ser complexos e as pessoas, imperfeitas, mas ainda assim, verdadeiras.

 Mais do que resolver a história delas, aquela noite de confissão abriu um novo capítulo — não um final perfeito, mas o começo de algo real, onde os sentimentos podiam ser complexos e as pessoas, imperfeitas, mas ainda assim, verdadeiras

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NOTES

esse é quase que um epílogo da fanfic, mas ainda tem um último capítulo com o desfecho da história hehe. Espero que estejam gostando do desfecho da história :)

Operação: Conquiste Park Jihyo   | SahyoOnde histórias criam vida. Descubra agora