As noites de sábado são o que Hermione chama – mentalmente – de "noites livres".
Todo sábado à noite, Draco janta com seus pais e depois visita seus amigos. Desde o início, Draco a convidou:
— Vou jantar na Mansão com meus pais — ele sempre anuncia. — Você gostaria de se juntar a nós?
A primeira vez que ele pergunta, ela recusa categoricamente. Ela tem feito isso desde então.
Então Draco prosseguirá com: — Depois irei visitar amigos. Acho que te vejo mais tarde.
Ela acena para ele e aproveita essas "noites livres" para passar um tempo com seus próprios amigos. Hermione não sabe nem se importa com o que Draco faz ou com quem ele vê. Tudo o que ela sabe é que ele nunca fica fora de casa muito mais tarde do que ela, aparatando sempre menos de dois minutos depois dela.
Hermione divide seu tempo entre os lugares dos amigos. Às vezes eles vão até a casa de Harry e Ginny se não conseguem encontrar uma babá. Ou para a casa de Ron e Luna. A casa de Neville e Hannah. A Toca. Raramente, eles acabam em um pub menos conhecido ou tentam sair à noite no mundo trouxa. Mas a paranóia de Hermione com a imprensa dificilmente a deixa relaxar nesses passeios e ela prefere passar a noite em casa.
O medo iminente do que os jornais publicariam se ela fosse fotografada na cidade sem o marido aumenta com o passar das semanas. Ela se pergunta por quanto tempo eles podem atrasar uma aparição pública juntos.
Porque isso – seja lá o que for que eles tenham – geralmente funciona. Um desanuviamento pacífico em sua casa, a intromissão dos colegas se dissipou e, desde que os amigos dela visitaram o apartamento algumas vezes, os protestos furiosos deles contra o acordo também diminuíram.
Draco é um personagem secundário e periférico em sua vida diária, mas Hermione sabe que está a apenas um repórter curioso de perder esse status quo.
O próprio Draco também não parece interessado em mudar a dinâmica deles. Grata pelo espaço que ele lhe dá, Hermione agora suaviza suas recusas na Mansão Malfoy. Embora, neste dia em particular, a sua consciência decida adicionar também uma pontada de culpa.
— Você gostaria de se juntar a nós?
— Obrigado pelo convite, mas não. Vou jantar na casa de Harry e Ginny.
E em vez de sua próxima resposta habitual e planejada, Draco faz uma pausa depois de fechar sua capa. — Eu nunca faria você comparecer. Mas você é sempre bem vinda.
— Mesmo com meu sangue? — A pergunta dela não é rude, em sua opinião, mas prática.
— Você é minha esposa e é bem-vinda onde quer que eu vá.
Ele não espera por uma resposta, mas aparata após tal declaração. Um balaço contundente de pronunciamento.
Até aquele momento, ele se parecia com um colega de apartamento amável. Um parceiro de cama platônico.
Mas aos olhos da lei e do público em geral, ela é sua esposa. As palavras de despedida de Draco atrapalharam sua concentração pelo resto da noite. A distração domina ela durante as conversas com amigos, enquanto ela segura distraidamente o bebê James, enquanto escolhe o jantar e mal toca no vinho.
Luna é a única a notar quando Hermione sai mais cedo.
— Você está se sentindo bem?
— Só coisas de trabalho — Hermione diz e lhe dá um breve abraço.
— Sem narguilés?
— Não, Luna. Livre de narguilés por enquanto.
Luna sustenta o olhar por um longo momento em busca da verdade. — Você é especialmente resistente à influência deles. Mas isso não significa que eles não afetem você de vez em quando.
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In These Silent Days | Dramione
FanfictionTradução concluída. Hermione está familiarizada com a luta: por respeito, por atenção, por justiça. Ela até fez carreira nisso; trabalhando em nome de criaturas e seres. Mas a sua batalha contra a lei do casamento do Ministério é uma que ela perde...