Capítulo 31 - Tradições

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Sienna

A água batia contra nossos corpos nus enquanto estávamos de frente um para o outro na chuva quente de verão.


Nossas silhuetas brilhantes foram banhadas por uma luz âmbar que bronzeou todo o pasto.


Os olhos dele vagavam pelas minhas curvas num desejo descarado.


Corei, não acostumada à atenção.


A corrida durou horas e nos levou ao topo de uma colina com vista para toda a ilha.


Ao longe, mal se viam as torres brilhantes do resto no horizonte.


Só paramos quando tivemos certeza de que estávamos completamente sozinhos.


"Venha aqui.", ele acenou, estendendo sua mão.


O meu coração disparou enquanto eu andava em sua direção. O vapor subia por seus ombros salientes.


Senti sua mão áspera contra minha bochecha enquanto ele me puxava para um beijo.


Logo ele estava em cima de mim, nossos corpos deslizando um contra o outro sobre a grama macia, como se estivéssemos tentando incendiar o lugar.


O volume dele se esfregava contra o exterior da minha vagina em um ritmo tentador, abrindo meus lábios, mas recusando-se a entrar.

Foi uma tortura que eu não pude suportar.


Puxei-o para dentro de mim, ofegando de prazer e um pouco de dor. Ele estava mais


fundo do que eu jamais havia sentido antes.


Gemi de alegria, chamando seu nome, implorando para que ele não parasse enquanto a chuva caía sobre nós.

***

Eu fechei o registro, deixando os últimos rastros de água escaparem pelo meu peito.

Era inverno, e nossa lua-de-mel havia terminado há muito tempo, mas os banhos quentes ainda me lembravam aquele dia na ilha com Aiden.

O vapor abraçou minha pele como um cobertor quente quando eu saí do chuveiro.

Foi engraçado pensar que, um ano atrás, eu tinha ficado no mesmo banheiro, furiosa por ter sido enganada para ficar com Aiden, mas agora aqui estava eu, acasalada ao Alfa da Matilha da Costa Leste e querendo estar em nenhum outro lugar a não ser nesta casa com o homem que eu amava.

"Você precisa de ajuda aí dentro?", perguntou ele através da porta com sua


voz grave.

"Não, sou perfeitamente capaz de me secar sozinha, muito obrigada.", respondi, sorrindo para mim mesma.

Nos últimos doze meses, ele havia se tornado mais brincalhão, baixando sua guarda e me mostrando um lado que era diferente daquele Alfa dominante que ele tinha que exibir para o resto da matilha.

"Fico feliz em ajudar.", continuou ele, com uma persistência encantadora


que me fez rir. "Não é problema algum."

"Senta, rapaz.", disse eu, me embrulhando em uma toalha e rindo.

"Mas eu tenho sido tão bonzinho!", protestou ele.

"Quem espera sempre alcança...", respondi, limpando o vapor do espelho e desembaraçando meus cabelos úmidos.

Abri a porta e dei um passo à frente, pressionando meu corpo molhado


contra seu peito aberto, envolvendo meus braços em torno dele, e agarrando

Os Lobos do Milênio -  Segundo Livro Onde histórias criam vida. Descubra agora