𝘐𝘯𝘧𝘪𝘯𝘪𝘵𝘦 - 𝚂𝚊𝚝𝚘𝚛𝚞 𝚎 𝚂𝚞𝚐𝚞𝚛𝚞 + 𝙾𝚌

𝙳𝚊𝚢 𝚘𝚗𝚎

Kaori Pov:

– Terminei minha parte – Eu digo limpando resquícios de sangue da maldição, na qual acabo de exorcizar, da bochecha.

– Boa, princesa – Satoru faz o comentário com um tom sarcástico. Pois o maior já havia exorcizado o bando de maldições que estavam em bando, há tempos, com o seu azul.

Suguru fica em silêncio, já que o mesmo não pode falar pois está consumindo os espíritos amaldiçoados que derrotou para adicioná-los ao seu arsenal.

Essa missão foi bem mais sangrenta que o normal, tive que utilizar várias bolsas de sangue para matar o espírito amaldiçoado que os meninos deixaram pra mim, que por sinal era de grau 1.
Eles não são de forma alguma piedosos comigo. Mesmo que eu esteja no mesmo nível que o Suguru – já que o Satoru está em um patamar completamente diferente – eles ainda fazem questão de me darem a parte mais sangrenta ou o espírito mais nojento, capaz de fazer qualquer um embrulhar o estômago.
Faz parte do nosso dia a dia, por isso já me acostumei, afinal estamos morando juntos há 5 meses, desde que nos formamos na escola jujutsu.
Quando terminamos a missão, retornamos para a nossa casa, cheios de sangue, bom pelo menos eu. As vezes meu próprio sangue – que só uso em emergências –  ou bolsas de sangue que eu uso em missões, explodem e me deixam suja. Eu só quero um banho agora.

Satoru torceu o nariz, pois o cheiro de sangue estava forte e exalava na casa inteira.

– Vai tomar um banho, Kaka… Tu tá fedendo – simplesmente disse o albino com uma voz zombeteira, tampando o nariz e fazendo uma careta impagável, enquanto tirava os sapatos na entrada da casa e os colocava na sapateira.

– Vai se fuder Satoru, você que me deixou aquela aberração gigante pra derrotar e ficou com o bando de maldições fraquinhas, que tu derrotou em um instante – esbravejo

– Calma baixinha, fica bravinha não~ – provoca o mais alto, indo em direção à cozinha, caminhando até a adega pessoal que ele tinha embutida numa parede atrás da mesma, pega uma tequila e se serve. Logo em seguida ele dá um gole e fala:

– Hah! Que delícia~ Vai querer princesa? Bora beber até cair? – diz ele com um sorriso ladino no rosto, dando mais gole na bebida.

– Não, obrigada. Eu quero um banho isso sim. Aliás, Suguru, vai ficar acordado até tarde hoje? – digo com um tom indiferente, indo em direção ao banheiro, já tirando meu casaco, ficando só com uma regata branca.

– Não, vou ler um pouco e ir dormir – Suguru fala um pouco alto pois se encontra em seu quarto

Ele foi o primeiro a entrar e o primeiro a ir para o seu quarto, parece que a bateria social dele se esgotou.

Entro no banheiro e tiro minhas roupas restantes, prendo o meus fios ruivos num coque alto no topo da minha cabeça, e me olho no espelho.
Rapidamente desvio o olhar, indo em direção ao box do banheiro, ligando o chuveiro e adentro no fluxo de água corrente.

Assim que saio do banheiro percebo que esqueci a toalha no meu quarto.

– Porra… – praguejo

“Bah, o Suguru tá no quarto dele. E o Satoru tá bebendo no andar de baixo, provavelmente ele não vai subir agora… Bora lá” – penso

Abro a porta do banheiro e saio andando pelo corredor dos quartos até o meu, que fica no fim do corredor, claro, cobrindo meus seios e parte íntima por precaução. Mas… essa precaução foi em vão. Meu corpo congela quando eu ouço uma voz familiar e meio arrastada.

– Princesa? Terminou o banho? – ouço Satoru me chamar enquanto sobe as escadas, e em um instante ele já tá no fim delas. Puta que pariu, merda de pernas longas que ele tem.