O líquido metálico e avermelhado escorria de suas próprias mãos e tórax, a garota loira que antes tinha a pele tão vívida estava com a pele pálida como de um cadáver imundo. Seus olhos azuis cristalinos estavam tontos e desnorteados como sua mente bagunçada e repleta de medo irracional… Todo seu porte possuía um frio horrível e suor, ela tentava andar pelo chão frio e sujo mesmo quase caindo em nele, havia tantas pétalas arrancadas, galhos quebrados, vestígios de queimadas e cadáveres de animais selvagens… Logo a garota tentou apertar o passo e correr, sentindo o cheiro imundo da fumaça e sangue espalhado, sua visão estava piorando junto do sangue que escorria de seu peito vazio, o ar estava horrível de se respirar… oh céus, aquilo era um pesadelo cruel novamente da garota? As cenas hediondas transbordando em seus pensamentos e sonhos.
Até que em um momento enquanto corria, ela simplesmente cai de tanto cansaço e perca de sangue… O rastro imundo avermelhado era simplesmente horrível… Sua respiração estava curta, estava impossível de respirar enquanto se ouvia passos juntos de uma canção desconhecida… Mas tão estranhamente nostálgica e antiga.
— “Oh que a minha querida seja radiante como o girassol.” - Cantava a voz masculina cheia de doçura e inocência doentia…
"Que o girassol seja como o sol, junto de sua alegria.
Seus olhos tão amáveis e doces.
Seus lábios nos meus, assim como a lua com o sol.
Cantando alegremente meu amor, eu serei apenas seu.
Suas canções escritas com paixão junto de inocência.
Querida, você é o meu grande amor."
Ela tentava se levantar do chão imundo, repleto de terra e folhas mortas caídas em pleno terreno. Seus pulmões que pareciam tão doloridos queriam tossir sangue sem parar pelo tal esforço de tentar se levantar, a voz nostálgica estava tão próxima e doentia de se ouvir naquele momento horroroso. A garota tenta mais uma vez, dessa vez conseguindo ficar de bruços pelo chão nojento e começar a se rastejar lentamente… Simplesmente como um verme, se rastejando entre os galhos que perfuravam sua pele frágil e fina, se sujando do sangue impuro, sujando suas roupas brancas com a terra mistura com fuligem e do líquido ferroso. Até que ela percebeu… A voz que logo ali cantava estava completamente em silêncio, aquilo era algo bom? Ele havia sido morto pelo fogo que havia ali?... Não.
Se sentindo aliviada por alguns segundos, a garota loira logo sentiu uma mão gelada em seu ombro, sussurrando as seguintes palavras de forma tão alegremente doente;
— Oh minha querida, cante para mim mais uma vez. - Ele dizia com um olhar maníaco e um sorriso cheio de caninos afiados como lâminas, seu rosto imundo do líquido ferroso e avermelhado.
Ela queria gritar em plenos pulmões, mas antes que ela fizesse isso o homem desconhecido simplesmente com rapidez aplica com força uma adaga enferrujada com marcas de sangue seco em seu crânio. O sangue saia sem parar da região esfaqueada do crânio, ela sentia tudo… A garota sentia seu crânio aberto e seu sangue escorrer… As palavras em alto e bom claro vindo de seu agressor;
— EU TE AMO!
Até que ela finalmente acorda com seus olhos azuis assustados, caindo da própria cama por causa do susto repentino junto de seus travesseiros e almofadas cheias de penas de ganso. Era simplesmente de manhã, estava na beira das 4 da manhã… Era irônico acordar justo naquele horário, a garota olha ao redor completamente assustada pelo sonho estranho, ou melhor, mais um de seus pesadelos horrendos desde sua infância.
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Vivendo no Inferno - Living In Hell
Romance"Entre flores e espinhos, a doce donzela tenta cortar os espinhos da maldade demoníaca e malícia. Sangrando pelos outros, Marthy tenta ser aquela que ajudará os outros... Mas será que tudo ocorrerá ao seu desejo? Ou apenas irá morrer como uma alma...