Balde De Água Fria

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Sentado no ponto mais alto do Olimpo, Eros, o deus do amor, estava visivelmente agitado, ele rangia os dentes com nervosismo, incapaz de conter sua irritação. O homem olhava para os céus, inconformado com o que ouvira sair da boca de Zeus minutos atrás.

"Minha querida Psiquê, é uma pena que Eros já tenha pego sua mão em casamento. Você é verdadeiramente uma visão divina, digna das mais belas estrelas do céu."

Eros chutou um pedregulho Olimpo abaixo, tal qual seu âmago desejava ter feito com o pai dos cosmos quando ele proferiu aquela barbárie.

— Quem diabos Zeus pensa que é para dar em cima da minha Psiquê na minha frente? – Seus olhos cerraram-se em fúria enquanto ele pensava em uma vingança que pudesse fazer. Cada pensamento fervilhava em seu cérebro junto do conhecimento de que o albino era um membro muito importante do maldito Conselho dos Deuses.

Com um pequeno hesitar, Eros abriu suas asas emplumadas e lançou-se pelo ar, voando para baixo pela grande construção do Olimpo. O observador Hermes, que o analisava em uma área ao longe, arregalou os olhos ao ver a fluidez aérea de Eros, uma risadinha escapando de seus lábios enquanto ele se perguntava em voz alta o que teria o deixado daquela forma.

Enquanto voava cada vez mais baixo, Eros teve um lampejo de ideia, ele chegou até a janela do quarto de Zeus, um sorriso endiabrado cruzando seus lábios quando ele captou com os olhos um momento em que o albino estava distraído.

Muito provavelmente pensando na próxima mulher que ele iria procurar.

Com um brilho nos olhos, Eros sussurrou para si mesmo:

"Você vai se arrepender"

O deus do amor puxou a corda do arco com precisão, a flecha de ouro pronta para atingir seu alvo. Enquanto ele soltava a flecha, a doçura da vingança enrugou seu rosto, a sensação de satisfação o envolvendo enquanto a flecha voava em direção ao seu destino.

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Odin caminhava pelo corredor de seu palácio em Asgard, suspirando profundamente enquanto se dirigia ao seu quarto, o moreno se sentia levemente abatido, tendo acabado de dar um sermão rigoroso a Loki por suas travessuras, ordenando que ele nunca mais tentasse se transformar em Thor para enganá-lo. Seus pensamentos estavam repletos de preocupações e reflexões sobre a responsabilidade de liderar e manter a ordem em seu reino.

Enquanto caminhava, os corvos Huginn e Muninn discutiam em seus ombros, comentando sobre como Odin havia sido excessivamente rígido.

— Não... não precisava ser tão duro, sabe? – comentou Huginn, mexendo as asas gentilmente.

— Sim, poderia ter sido um pouco mais gentil. – Muninn concordou, balançando o bico. – Eu acho que ele só quer mais da sua aten-

Muninn foi abruptamente interrompido por um singelo barulho vindo da janela, eles viraram a cabeça simultaneamente e olharam para o alto, percebendo que alguém estava jogando milho contra a vidraça da janela.

— Hmm, o que é isso?– ponderou Huginn.

Muninn observou os grãos de milho estalando.

— Parece que alguém quer chamar a atenção. –

Odin aproximou-se da janela e, com um gesto mágico a abriu através de telecinese, no entanto, seu rosto se contorceu de irritação quando um dos grãos de milho atingiu sua testa.

— Mas o que diabos...? – resmungou ele, sua irritação evidente em sua voz. Olhando para baixo, ele viu Zeus parado no jardim de Asgard, sorrindo de maneira incomumente radiante.

Deu A Louca No ZeusOnde histórias criam vida. Descubra agora