Capítulo 2

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— Então, como você vai fazer pra trabalhar e cuidar dela? — Ele perguntou enquanto estavam na última parada antes de voltar pra casa, o mercado.

— Eu vou tirar licença por um tempo, talvez até lá já tenha encontrado essa prima....— Helô disse enquanto ele escolhia as frutas e legumes.

— E pra te ajudar em casa? — Ele perguntou.

— Chamei a Creusa... — Helô disse.

— A NOSSA CREUSA??? — Ele perguntou animado.

— Nossa coisa nenhuma. Minha e só minha. — Helô disse.

— Tá, tá, tá.... Mas ela está vindo? — Ele perguntou animado.

— Tá, ela tem que terminar de organizar as coisas lá com uma afilhada, mas chega na próxima semana....— Helô disse.

— Temos que pegar mais alguma coisa? — Stenio perguntou.

— Acho que temos tudo, depois o que faltar eu programo pra entregar lá em casa...— Helô disse parando no caixa enquanto Stenio trazia o carrinho.

— Seria bom a gente levar ela no médico né....— Stenio disse.

— Já marquei pra amanhã, médico e nutricionista pra me ajudar no que ela precisa comer....— Helô disse.

Nesse momento Drika começou a chorar e esfregar os olhinhos.

— Ih, ela deve tá com sono....— Stenio disse. — Me dá ela, eu faço ela dormir enquanto você paga as coisas....

— Tá bom, meu braço já estava doendo mesmo... — Helô riu passando a bebê pra ele.

— Estamos te esperando lá fora, aqui, usa o meu cartão, antes de reclamar, não é pra você, é pra ela....— Ele disse.

— Olha eu tô tão cansada que não vou reclamar de absolutamente nada...— Helô disse, ele assentiu e saiu com a bebê no colo.

— Onde você encontrou esse tem mais? — Uma senhora que estava na fila atrás dela perguntou.

— É verdade, a senhora tem muita sorte de ter um marido como esse.. — A mulher do caixa, uma senhora de idade mais avançada falou. — Geralmente os maridos ficam aqui regulando o que as mulheres compram e reclamando do valor...

— E ele ficou com a criança por livre e espontânea vontade, eu tive três, hoje todos adultos, pergunta quando meu ex-marido me ajudou com eles? — As mulheres comentavam entre si e Helô não sabia nem o que dizer.

— Eu só tive um, e o pai do meu nem quis registrar.... — A moça do caixa contou. — E se tivesse registrado, nunca me daria o cartão...

— Verdade, parabéns minha filha pelo seu casamento, que Deus conserve vocês por muitos e muitos anos! — A mulher disse.

— Obrigada! — Helô ficou constrangida de dizer que eles não eram casados e mais ainda, que a criança nem deles era.

POV HELÔ

O caminho de volta pro apartamento dela foi tranquilo, quando Helô saiu do mercado Drika estava dormindo e só acordou quando eles chegaram em casa.

— Essas eram as últimas sacolas...— Stenio disse.

—  Obrigada Stenio. Sei que você deve ter outras coisas pra fazer....— Ela disse.

— Não, na verdade eu não tenho não, amanhã e segunda são feriados e eu já iria tirar esse dias pra descansar mesmo....— Stenio disse.

— Espera, você não está pensando em ficar esses dias aqui em casa não, está? — Helô perguntou.

— Pra ajudar, a final, você não sabe cozinhar e ela não pode viver de mamadeira...— Ele disse. — Além do mais, é muita coisa pra você fazer sozinha e se eu posso ajudar, por que não?

Surpresas do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora