|LUNA|
- bora caralho, entra nesse carro. - Jk fala apontando o fuzil - anda mina, porra.
Tinha acabado de chegar ao morro de grego, e obviamente ele soube da minha chegada. Estava sendo obrigada a entrar no carro pra ser levada até ele...
O carro parou em frente a boca, Jk desceu e me arrancou com brutalidade de dentro me fazendo cair no chão.
- você tem problema? - grito sentindo uma dor em meu tornozelo.
- vagabunda é tratada assim - abre um sorriso sínico - agora levanta que o patrão tá te esperando.
- vagabunda que eu saiba é a sua mulher que fica fazendo rodízio pro morro todo. - sorrio o encarando. - você se aceitou como corno? - me levanto o encarando.
Sinto uma ardência em meu rosto, cambaleei um pouco pra trás sentindo uma tontura. Ele tinha me dado um tapa. Meu cabelo é puxado para trás com força.
- você tá falando com bandido porra, perdeu a noção? - encosta a glock na minha cabeça. - e a única corna aqui é tu, coimbra já comeu todas as putas desse morro, ou você achava que era a única? - sussurra em meu ouvido.
Escuto um tiro fazendo Jk se afastar rápido de mim, vejo grego apontando a arma pra ele.
- que porra é essa? - grita - tá querendo tomar uma coça filho da puta? - se aproxima dele.
- desculpa aí chefe. - abaixa a cabeça.
- se liga vacilão - da um tapa na cabeça dele.
[...]
Estava na sala de grego. Não consegui o encarar, suas falas e atitudes ecoavam pela minha mente, não reconhecia meu pai o homem que me criou. Ele me encarava sério enquanto fumava.
- achei bom você ter voltado. - solta a fumaça - não queria gastar a vida dos meus invadindo aquela favelinha. Filha minha não foge assim... ainda mais com aquele drogado do caralho. - bate na mesa aumentando o tom de voz.
Minha vontade era de gritar, xingar e dizer tudo o que eu achava dele.. o quanto eu o odiava por ter feito a minha vida um inferno. Mas precisava descobrir mais coisas sobre o que eu escutei, e sobre o desaparecimento do pai de coimbra.
- me desculpa pai pela irresponsabilidade. - subo o olhar finalmente o encarando e abro um sorriso amarelo. - estava iludida por algo que não me fazia bem, o senhor sempre esteve certo.
Sua expressão era confusa, claramente ele não esperava por isso. Um sorriso apareceu em seu rosto e sua mão agarrou a minha.
- minha filha, fico tão feliz por você ter entendido. - aperta minha mão. - era pelo seu bem, aquele coimbra é um traidor. - seu olhar escurece - igual o pai. - sussurra.
Traidor? Igual o pai ?
Não entendia, Grego foi traído por Sabiá? Surgiram tantas perguntas mas nenhuma com respostas.- estive pensando. - faço uma pausa. - quero trabalhar com o você, sou herdeira deste morro né. - sorrio novamente.
Grego olha nos meus olhos, sua expressão é de surpresa.
- não queria te envolver agora, você está nova ainda pra isso tudo. - solta a fumaça. - por mais que seja minha herdeira eu na..
- estou pronta pai, o quanto antes eu entrar mais experiência vou ter. - o interrompo, tentando exalar confiança.
Não tinha nenhuma vontade de virar frente ou ser envolvida, não queria isso pra minha vida. Mas preciso ser o mais próxima possível dele neste momento.
- tudo bem - suspira - finalmente você está vendo as coisas como são. Fiz o que precisei fazer para manter esse Morro em pé... morro não, império. - diz com um tom autoritário, ele apaga o cigarro e se levanta, circulando pela sala.
Com o sorriso nos lábios, ele se aproxima e beija minha testa. Enquanto isso, eu escondo meu desconforto e a verdadeira razão pela qual retornei. Precisava descobrir mais sobre o que realmente aconteceu, sobre traições e desaparecimentos.
Concordo com Grego, aceitando temporariamente esse papel. Afinal, assim estarei mais próxima de encontrar as respostas que procuro. O Morro se torna meu palco, e agora, entre intrigas e segredos, começo a jogar meu próprio jogo para descobrir a verdade por trás das sombras do império que ele construiu.
NOTA↓Oi amorecos
Voltei pra arrasar 🫶🏽
Cliquem na estrelinha ⭐
Comentem o que estão achandoo.Até o próximo...
Beijos da Cindy 💋
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PARA SEMPRE NÓS
Fanfic📍𝙫𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 - 𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙟𝙖𝙣𝙚𝙞𝙧𝙤 [+16] "vai ser nós contra o mundo sempre, contra toda caretice de mãos dadas"