Bons sonhos
— Merda... Por que fez isso? — Benjan continua com o sermão, tentando manter a calma.
— Vingança. — dou de ombros, relaxada. — Declan se achava protegido por vocês. — dou um sorriso. — Eu queria mostrá-lo que ele estava errado.
— Droga, Lina! Você praticamente marcou a data da sua morte!
— Relaxa, Ben. Eu estou bem com isso.
— Mas eu não, porra! — ele põe a mão na cabeça, agarrando os cabelos, enquanto tenta se acalmar. — Eu disse para você ficar quieta.
— A convivência realmente pode influenciar uma pessoa. — declaro, analisando o novo vocabulário sujo do Principezinho. — Nunca imaginei ouvir você xingando frequentemente.
— Não sou tão certinho que nem meu irmão. — ele fala, ainda bravo comigo. — Não ligo para regras toscas.
— Tamo junto, Príncipe junior. — falo, me jogando de costas na cama, exausta.
— Tamo junto? Príncipe junior? O que é isso?
Solto uma risada.
Em que mundo os Príncipes vivem?— Tamo junto é um gíria, Ben. Pessoas jovens como nós usam muito. — explico a ele, parecendo uma mãe explicando pro filho o que é uma árvore. — E junior é porque você é o Príncipe mais novo. Logo, você é o Príncipe junior. — reviro os olhos, nem eu mesma entendendo a minha explicação. — Ah, sei lá, porra. Não tem muito o que explicar.
— Nunca vou entender essas coisas. — Ben fala, franzindo a testa, e depois se arrisca a deitar ao meu lado na cama, parecendo tão exausto quanto eu.
— Você tem certeza que as câmeras estão desligadas?
— Tenho. — sinto seu olhar direcionado a mim. — Ninguém sabe o que aconteceu para elas simplesmente pararem de funcionar. — ele dá um sorriso satisfeito. — É claro que eu dei um jeito nisso também.
— Ainda não entendo essa sua disposição em me ajudar. — comento, ainda sem olhar para ele.
— Um dia você vai saber.
Me sento na cama quando Benjan sai de cima dela na mesma hora e caminha em direção a porta.
— Vocês tem três minutos para conversarem. — ele declara, abrindo a porta de ferro.
— O que?
E então, Lyndice aparece, entrando no quarto.
Ah, meu Deus.
Espera... Como ele sabia que Lyndice estava atrás da porta? Ele a trouxe?— Lyndi? — pulo da cama e ando até não conseguir mais, esperando ela chegar até mim.
Seu vestido roça em meu corpo quando ela me abraça, seu cheiro doce invadindo minhas narinas e me fazendo esquecer que estou presa em cativeiro e que minha morte está chegando.
— Senti sua falta. — ela fala, querendo chorar, enquanto sinto as batidas nervosas do seu coração.
— Eu também, Lyndi.
— Como isso aconteceu? — ela funga, seus olhos lacrimejando enquanto ela olha pros lados, observando a minha "cela".
— Consequência de algo que não escolhi ter. — falo, dando de ombros, fingindo estar relaxada.
— Bea, me explica tudo. — ela exige, segurando meu braço. — Por favor.
— Não me chame assim aqui. — sussurro para ela, a puxando para a cama. — Sou Lina agora.
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O Sangue do Silêncio
FantasyEssa é a história de uma garota que, ao completar 11 anos, é obrigada a deixar sua casa e sua família para trás, após um ataque surpresa de Eletrics, causando a morte de seu pai bem na sua frente. Sua mãe, antes de ser levada por um deles, pede que...