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ana julia almeida,São Paulo, Brasil

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ana julia almeida,
São Paulo, Brasil.

Sabe quando você só quer dormir? Você só consegue pensar na sua cama, no seu quarto e no seu pijama de bichinhos? Eu estou assim neste momento

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Sabe quando você só quer dormir? Você só consegue pensar na sua cama, no seu quarto e no seu pijama de bichinhos? Eu estou assim neste momento. Eu não aguento mais ficar nessa loja. Se eu pudesse, estaria dormindo até agora.

— Bom dia! Vocês tem blusas na cor azul? — Uma mulher perguntou. Ela aparentava ter seus 40 anos e parecia ser rica, porém foi gentil. Sorri.

— Temos algumas aqui. — Acompanho ela até uma arara de roupas apenas azuis. — Tem alguma preferência de modelo? — Pergunto.

— Aqueles... como se chama mesmo?... croppid? Acho que é isso. A minha neta quer um desses croppid! — Falou e eu deixei uma risada escapar.

— Se chama croppeds, moça. E sim, nós temos alguns aqui. — Eu falei e comecei a mostrar.

Eu trabalho nessa loja a um ano. É a loja de roupas da minha mãe e eu sou uma das cinco funcionárias que ela tem. Comecei a trabalhar aqui para ter o meu próprio dinheiro e não ter que depender dos meus pais para algumas coisas.

Os meus pais são separados desde que eu tinha oito anos. Eu moro com o meu pai, por decisão minha mesmo. Prefiro morar com ele e com o meu irmão mais velho, enquanto minha mãe mora com o seu marido e as suas outras filhas. Eu não tenho nada contra eles, pelo contrário, eu até que gosto deles.

Trabalhar aqui não é ruim, pelo contrário, é bom. Porém, o sono é inevitável. Eu entro às 12:50 e fico até as 18:00 e trabalho de segunda a sexta.

Termino de atender a moça e ela sai toda sorridente, depois de ter comprado diversas blusas e ter me falado a sua vida inteira. Sento no banquinho atrás do balcão e pego o meu celular. Hoje é sábado e normalmente eu não trabalho aos finais de semana, mas minha mãe pediu e eu não ia negar, aliás é apenas até as 17:00.

Entro no meu Instagram e rolo o meu feed. Vejo o coraçãozinho com notificação e clico nele. Franzo o cenho ao ver que uma conta verificada começou a me seguir e curtiu minha última foto. Fiquei surpresa ao ver que era um garoto, loiro, americano e muito bonito.

Eu conhecia ele. Quer dizer, quem não conhecia esse garoto? Eu não seguia ele no Instagram, mas sei que seguia no tiktok. Fiquei curiosa para saber como ele me chamou, eu nem sou famosa. Meus seguidores não passam de 3.000 e olhe lá.

Antes que eu pudesse olhar mais alguma coisa, o som da porta da loja se abrindo me assustou e eu escorreguei o dedo, curtindo uma das fotos do perfil do loiro bonito. Porra, Ana Júlia! Sua idiota!

— Oi, Naju! — Olhei para frente e vi Laura, uma das minhas irmãs por parte de mãe. Ela havia entrado junto com Lara e mais três meninas. — A mamãe deixou uma sacola com roupas aqui? Nós viemos buscar. — Falou.

— Deixou sim. — Falei e peguei a sacola, deixando em cima do balcão.

— Obrigada, Naju. A gente se vê mais tarde. — Lara disse e eu assenti sorrindo e vi elas saírem.

Lara e Laura são gêmeas e são duas cópias da minha mãe. Antes eu não gostava da ideia da minha mãe ter outras filhas e outra família, mas me acostumei e quase não vejo elas.

Me xinguei mentalmente por ter curtido a foto do loiro do Instagram e nem tive coragem de entrar no app de novo.

— Amiga, você acha que essa blusa combina com essa saia? — Bia perguntou, segurando as duas peças de roupas e parada em frente ao espelho

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— Amiga, você acha que essa blusa combina com essa saia? — Bia perguntou, segurando as duas peças de roupas e parada em frente ao espelho.

— Azul e preto sempre combinam. — Eu falei e terminei de fazer minha maquiagem. — Você conhece um Vinnie Hacker? — Pergunto como quem não quer nada.

Beatriz se virou para mim na mesma hora e com uma cara estranha. Olhei para ela, enquanto passava o meu gloss na boca.

— Claro, porra. É o cara mais gato na internet. — Ela falou em um tom óbvio. — Mas porque? Você nem é ligada nessas coisas... — Disse estranhando.

— Ele me seguiu no Instagram. — Eu falei de forma simples e vi a minha amiga arregalar os olhos.

— COMO ASSIM O VINNIE HACKER TE SEGUIU, ANA JÚLIA?? — Beatriz berrou e veio até mim toda desengonçada.

— Quando eu vi, eu estava na loja ainda. Ele me seguiu do nada e eu sem querer, curti uma foto dele. — Eu expliquei e entreguei o meu celular para ela.

— Sua sortuda do caralho! Ele curtiu sua foto! Puta merda, Ana Júlia! — Bia disse animada e eu revirei os meus olhos e ri. — Eu vou ver esse casal acontecer! — Fez uma dancinha.

— Que casal, Beatriz? Para de ser iludida. — Eu falei rindo e peguei o meu celular. — Vamos logo. Eu quero beber! — Falei e sai puxando ela.

Passamos pelo escritório do meu pai e por uma parede ser de vidro ele conseguiu ver a gente. Acenamos para ele e papai sorriu e acenou de volta, enquanto falava no celular.

Descemos e fomos até o lado de fora de casa, o uber já tinha chegado. Eu e Bia arrumamos uma festa para ir em uma boate nova que abriu por aqui. Eu amo festas e achei alguém pior que eu como companhia.

Hoje eu estou afim de me divertir com os meus amigos e beber.

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𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐄𝐍𝐀, 𝗏𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝗁𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora