capítulo 2 - Energia

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- onde que...? – a voz de Evan ecoava com um tom de curiosidade, e ele sem completar a pergunta  olhava ao redor, aquilo era sua casa, fácil de reconhecer, porém...

- finalmente você acordou, moleque.

- q-quem é você?! – ele se assustava ao ver aquele ser de antes, se lembrando de anteriormente por causa da sua voz

- Evan... eu sou seu pai..

- o quê?!

- eu estou brincando, jamanta. – o homem demonstrava um sorriso travesso meio a sua aparência peculiar, um cabelo vermelho fogo, roupas escuras parecendo de um estrangeiro viajante. – eu sou alguém que você não deve saber agora, eu tô aqui pra te ajudar.

- me ajudar ? Cadê minha mãe?!

- ela tá trabalhando, cabeça, olha, você so tá nervoso demais. Então... – ele se direciona até uma mesa, e pegava um copo composto de um líquido alaranjado, e entregando.

Sem falar nada, o garoto ainda estava nervoso e não queria pegar aquele copo estranho, o homem apenas com um rosto de decepção explicava o que era aquilo.

- isso é suco de laranja, vai te acalmar.

- eeeh.. – ele ainda estava receoso sobre aquilo, mas então o homem colocava o copo na mesa e voltava até uma papelada

- muito bem, se eu tô aqui, tem um motivo, e isso tá óbvio, esse lugar contém uma coisa que só você consegue me ajudar, pois... – ele não completava a frase, erguendo a própria mão para a olhar, como se lembrasse de algo.

- por que "eu" devia ser essa pessoa? Eu sou apenas um garoto de doze anos.

- olha só, pra um moleque chorão você é até que inteligente.

- ei!!

- eu sei que você não confia em si mesmo, mas eu preciso que você confie em mim, tudo que você ver, vai ser algo que depende você. – ele terminava de ler as papelada e então se virava pro garoto novamente, os dois olhos azulados do homem  emanavam uma energia estranha.

- depende de ... mim..? Mas como?!

- eu tô enrolando demais né...? Bom, você tem a energia dimensional, e é dela que eu preciso pra você abrir um portal pra mim.

Evan apenas olhava com os olhos arregalados e começa a correr contra a porta do quarto, gritando de desespero - socorro!! Socorro!! - ele gritava, enquanto o homem o segurava abraçando

- se acalma moleque!! Eu não vou te machucar!!

- você tá inventando coisas só pra tentar fazer algo comigo!!

- ora seu.. isso aqui é inventar?! – ele erguia o braço esquerdo dele, mostrando uma parte mecânica e tecnologia dele, com luzes e mecanismos se movimentando, naquele momento, o garoto logo parava de se contorcer e olhava aquilo, curioso – uff... finalmente parou.

- como que...?

- Evan, eu quero a sua ajuda, se eu pelo menos tivesse essa energia que você tem, eu já poderia sair daqui, nem todo mundo possui essa energia que você tem...

- mas então... por que justo eu ?

- porque você foi a minha melhor opção, e eu acredito em você...!

O garoto não conseguia acreditar mas aquilo era algo novo, e que ele nunca havia visto, sem muitas opções, e sua curiosidade a flor do seu corpo, ele aceitava ajudar, apenas com um movimento de cabeça.

Minutos depois, naquele mesmo dia, os dois se se encontravam em um matagal longe da parte urbana da cidade, ambos estavam em um campo relativamente aberto, e Evan segurava uma faca escondida em suas costas por vias de precaução. O homem sabia da existência da faca, mas não queria falar nada. Com isso, ele segurava um graveto e começava arranhar o solo, desenhando um símbolo.

- o que é isso..? – perguntou Evan, com um olhar sério, porém com aquele espírito de curiosidade.

- para de tentar ser sério, mas respondendo sua perguntinha, isso aqui é o símbolo do pai, também conhecido na cultura, eeh.. eeh.. Budista! – aquela ação deixava o garoto um pouco desconfiado -  conhecida como "Sento Najaiko"

- mas budista não...

-  eu falei que você tem energia dimensional, lembra ? Então, o budismo daqui é diferente da minha dimensão.

- certo.. – aquilo faria um pouco de sentido para sua mente inocente, mas ao mesmo tempo ele estava desconfiado, com isso, ele via o tal símbolo, um quadrado com uma espécie de interrogação distorcida no chão, ele apenas observava, porém não queria perguntar sobre tal significado novamente.

- muito bem! Vamos começar. – o homem erguia o braço mecânico e aos poucos criava uma energia leve e roxoada. – Evan!! Eu eu preciso que você erga seu braço!

- mas por que?!

- faça o que eu tô falando!!

Mesmo desconfiado, ele havia concordado em ajudar, então, ele colocava a faca na mão esquerda, erguendo o braço direito sob o símbolo estranho, o garoto podia sentir um arrepio em seu corpo, junto de uma fraqueza e uma "ofegancia", com uma energia roxoada saia de seu corpo. O homem sorri de forma muito alegre, como se ele adorasse aquele sofrimento do garoto, o símbolo colocado ao chão cria chamas pequenas e azuis, algo estava errado, e isso podia ser visto pelo rosto do homem que logo mudava a expressão para desespero, mas seu corpo não se mexia, ou seja, ele estava preso aquele ritual.

- não não não... não era pra acontecer isso! Evan!! Tira o braço!!

- uuhh uhh.. o quê...? – Evan demonstrava estar bastante desgastado, como se tivesse corrido uma maratona, e aos poucos seu corpo emagrecendo, e uma esfera de Chamas azuis se criava no meio dos dois.

- merda...!! Autodestruição instantânea!! - aquele grito fazia com que o braço acendia algumas luzes piscantes, e logo seu braço mecânico explodia por inteiro, despejando uma chuva de sangue , e o jogando para trás.

Aquela esfera de Chamas logo se divida em vários, voando para todos os cantos possíveis e caindo uma parte no garoto, que o fazia cair, e uma parte voltando para o corpo do homem, com os dois respirando fundo após ter aquelas chamas inseridas sob seu corpo, como se estivesse passado por uma montanha russa de emoções.

- p-puta merda!! Deu err- g-grrhaaahh!! – ele levantava o braço esquerdo, vendo que sua carne estava exposta, ele puxava o casaco com o outro braço para cobrir o ferimento, afim de estancar o sangue que estava jorrando, enquanto contorcia de dor.

Evan em si, estava caído chão, respirando fundo com os olhos vazios, seu corpo estava paralisado, que aos voltava a sua forma normal, ainda respirando fundo, ela levantava o corpo rapidamente, porém, logo se apoiando ao chão, vomitando de maneira desesperada, com a faca caindo ao chão junto, sem forças para segurar la.

- g-gloohh!! Aaah!! – o garoto estava bastante nervoso, tremendo os braços após toda aquela emoção estranha, seu vomito estava abaixo de si, sem saber o que fazer, ele apenas se levantava, com as pernas bambas, quase a cair no chão. – q-quem... é... você...?

- Evan... – o homem também ofegante, estava com o braço direito a cobrir o casaco que estancava o sangue do braço explodido – eu sou... você...

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