Prólogo

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Dois meses antes

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Dois meses antes...

Ser tímida é o meu maior desafio. E sabe como eu descobri isso?

Bem, digamos que não é nada simples. Tudo começou há, mais ou menos, dez anos. Eu estava em uma sala nova, com pessoas que nunca vi na vida, então conheci a garota mais incrível deste mundo.

A minha melhor amiga, e também a razão de eu me questionar todos os dias como a suporto com suas ideias malucas.

Um beijo! Ela quer que EU beije o nosso melhor amigo!

Nem morta eu faria isso. E aí está a razão pela qual a timidez se tornou o meu maior desafio.

Continuando do dia em que eu era a aluna nova e estava em uma sala desconhecida... Pode ser que o meu nervosismo tenha me feito cometer uma gafe terrível, mais conhecida como, eu tropeçando na cadeira e caindo de cara no chão?

Bem, foi quase assim. Antes da queda vergonhosa, Guilherme, o meu príncipe, ele me segurou firme e salvou o meu pobre rostinho, como Vinícius, o meu irmão do meio, diria.

Posso supor que já saibam o que aconteceu depois.

Eu super apaixonada e ele também? Errado.

Gui, o apelido pelo qual o chamo, me adotou como sua protegida desde o fatídico dia. Então, podemos dizer que vivo em uma friendzone. O que detesto muito, não nego.

— Eu não vou beijá-lo! — resmunguei em um quase grito, minhas bochechas esquentaram com força.

Luana começou a rir, terminando de aplicar o batom vermelho sangue em seus lábios.

Estávamos nos arrumando para a minha festa de aniversário. E diferente de mim, que queria estar em uma cama confortável, lendo um bom livro e sonhando acordada com o momento em que o meu crush platônico me notaria. A minha melhor amiga adora festas e foi quem me convenceu de que era uma ótima ideia fazê-la na casa dos meus pais em Floripa.

Não sou contra a ideia dela, deixando claro. Só não estava pronta para toda a loucura em que a garota com cabelos pretos, pele branca, da mesma altura que eu e com a língua afiada pudesse aprontar.

Luana colocou na cabeça desde cedo que preciso mostrar ao Gui que me tornei uma mulher e mereço a sua atenção.

Fácil falar. Como euzinha posso fazer isso sem me embolar com as palavras ou cometer um grande deslize? É complicado ser apaixonada por seu amigo e ter a timidez como um atributo.

Enquanto eu permanecia surtando com as loucuras dela, minha amiga simplesmente ajeitou o vestido curto e se virou para mim, abrindo um sorriso esquisito, diabólico.

Isso não é bom. Quando ela sorri deste jeito está aprontando algo.

— Você vai, amiga. E sabe por quê?

Neguei, balançando a cabeça, um bolo enorme deslizava por minha garganta junto de um suor gélido por minha pele.

— O que aprontou? Eu estou com medo de sua resposta.

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