+18| Fake dating| Strangers to friends to lovers| Slow burn| Gravidez inesperada
TATIANE é apaixonada por seu melhor amigo desde a adolescência, e quando finalmente cria coragem para se declarar, se depara com uma verdade que a fere muito: ele a vê...
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Never say never, nunca fez tanto sentindo quanto hoje.
Em um momento, eu estava na sala onde fazemos nossas reuniões a espera do novo fotógrafo, prestes a implorar que me tirassem do desfile desse ano, e no outro, o meu anjo parou bem na minha frente, provando que o universo era surpreendente.
Eu ainda me sentia dentro de um sonho, o corpo todo aceso em expectativa de algo que eu nem sequer entendia. A minha pele formigava, ansiedade se espalhando de forma desenfreada por cada pequeno poro.
Antes que eu pudesse me convencer a desistir, deixei Camilla para trás e fui em busca dele. Pedro, o anjo que me salvou ontem.
Meu pai do céu, tudo aconteceu tão rápido. Como isso é possível? Parece que faz semanas.
Ao vê-lo, tão alto quanto ontem, tocando o puxador da porta da cafeteria que eu amo ir, os meus batimentos perderam o compasso. Meu ar se tornou rarefeito e, com as bochechas queimando, eu o chamei, minha voz saindo baixa e trêmula pelo efeito de todas as sensações.
Pedro, o nome do meu salvador, fitou-me sobre os ombros largos, a sombra de um pequeno sorriso querendo se formar em sua boca carnuda.
A visão dele me fez suspirar, porque, agora, ele parecia ainda mais lindo que ontem, com os cachos presos em um coque e sua roupa despojada, lhe trazendo um ar jovial e alegre.
Eu associei a sua profissão, que por sinal, combinava muito com ele.
— Oi, pequena — respondeu, a voz rouca fazendo a minha boca secar. Não sabia o motivo de ter gostado de como soou o apelido, no entanto, parecia apenas certo, íntimo e... nosso. Assustador, mas nosso. E antes que uma piadinha para descontrair saísse da minha boca, sua pergunta veio: — Você quer tomar um café comigo?
Eu poderia negar, dizendo a verdade. Odeio café. Porém queria a sua companhia, estive ansiando por ela e não a dispensaria agora, então anuí, deixando que o anjo abrisse a porta para gente.
Seguimos até uma mesa ao centro, tendo a visão do lugar por completo. E notando o meu nervosismo Pedro tornou a questionar:
— O seu joelho está melhor? — olhando-me preocupado.
Demorei alguns segundos para perceber do que se tratava aquilo, até me lembrar da cena cômica de ontem e abaixar a cabeça, sorrindo tímida e enrubescendo.
— Está sim, obrigada por sua ajuda — contei baixinho, mexendo na barra do meu vestido.
Ele riu, atraindo os meus olhos para si, deixando-me hipnotizada na cena.
O som de sua risada era deliciosa, não sei se poderia atribuir este tipo de adjetivo, mas não existe melhor forma de descrever quando se sente as notas soando como uma melodia, aquecendo o seu corpo de forma acolhedora, vibrando a sua barriga e trazendo um frio suave como brisa para contrastar.