10º Capítulo

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eles entram na usina com dificuldade, por um túnel no esgoto, eles sem lá dentro, tem monstros agrupados em alguns locais, ele consegue entrar na sala vermelha  Eduardo ao entrar nessa sala, ele vê o quarto dele, ele acorda, está tudo normal, ele fala com a mãe dele, mas se sente estranho, lembra de tudo, mas como um sonho estranho, ele se prepara para ir a escola, conversa com a mãe dele, aquela sensação estranha não passa, porem ele segue o dia,  quando está voltando para  casa ele vê O Carlos e sua família no parque, ele acha estranho nunca ter visto ele apenas no nosso, ele pensa que se for realmente real as coisas deram certo e tudo voltou ao normal.


Eduardo leva um tiro na hora de viajar e acorda em seu quarto.


— Vamos, Eduardo! — Abigail gritou enquanto disparava contra uma das criaturas. Eles avançaram em direção à entrada principal da usina; o número reduzido de monstros ainda causava dificuldades para eles. Eduardo removeu a pistola e atirou, bem a tempo de salvar uma jovem que lutava para não ser mordida. A entrada principal estava bloqueada; tiveram que correr para o acesso secundário. A porta estava destrancada. A luz de emergência piscava, sua coloração vermelha tornava o corredor soturno. Eduardo avançou devagar mirando a pistola. Fez sinal para Abigail revistar um cômodo entreaberto; não havia ninguém ali. Chegaram a uma escada; tanto na parte superior quanto na inferior não havia luz.

— Vamos descer! — segredou.

— Onde está a Jane?

— Eu não sei... Foi tudo tão rápido. Ela ainda pode estar com ele.

— Ele? — Levantou a sobrancelha.

— Victor Holling. Ele atirou em mim, tudo ficou claro e escureceu; quando abri os olhos, estava próximo à usina.

— Se ele estiver com a Jane... Tenho medo de pensar no que pode acontecer. Me desculpe por isso...

Ambos desceram as escadas rumo ao corredor escuro, onde mal conseguiam enxergar um palmo à frente. Abigail acendeu sua lanterna, iluminando as salas de vidro que compunham o grande laboratório. Criaturas inquietas se moviam dentro delas, ao perceberem a luz começaram a se chocar contra o vidro que por alguns instantes pareciam que não aguentariam.

— Parece que a luz as perturbou. Comentou Eduardo, preocupado. — Sim, vamos continuar com cuidado. Falou Abigail enquanto procurava não apontar sua lanterna diretamente para aqueles criaturas, na esperança delas voltarem ao seu estado catatônico. No fundo, ela sabia que seria inútil.

Avançando pelo corredor, os dois foram surpreendidos por três monstros que emergiram das sombras, suas figuras distorcidas inspirando terror, todos eles com os olhos completamente amarelos, e os dentes pretos. Eduardo e Abigail sacaram suas armas, prontos para o confronto iminente. Os monstros das salas ao lado começaram a urrar, como pressentindo o que estava por vir. Eduardo podia jurar que viu até alguns sorrindo na pouca luz de suas lanternas.

— Prepare-se, Abigail! Estamos prestes a enfrentar essas anomalias, não sei se conseguiremos avançar. Sua voz estava trêmula.

— Estou pronta, Eduardo. Vamos acabar com eles!

Os tiros ecoaram pelo corredor enquanto eles lutavam. Cada movimento era uma dança mortal, cada disparo uma tentativa desesperada de sobreviver. Abigail foi lançada brutalmente contra a parede. Eduardo assistiu horrorizado enquanto ela caía no chão, sem forças para se levantar.

— Abigail, não!

— Vá em frente, Eduardo. Não perca tempo comigo. A sala vermelha está próxima. Você pode fazer isso. Salve todos nós.

Segurando as lágrimas, Eduardo continuou lutando, determinado a honrar o sacrifício de sua nova amiga. Lembrou de Jane, esperava que ela estivesse bem. Ele precisava seguir, era a única forma de salvar ambos. Finalmente, ele derrotou os monstros. Abigail, inerte e sem vida, parecia acompanhá-lo com os olhos. Sentiu um arrepio. Cambaleando, chegou à sala vermelha. Estava ferido e exausto, mas sua determinação era inabalável. A luz o cegou por um instante. Colocou a mão em frente ao rosto, pôde vislumbrar uma pequena cadeira reclinada no canto da sala, com alguns botões.

"Tão pequena, com tanto poder", pensou. Vacilou até ela, movendo apenas o braço esquerdo. Seu braço direito sangrava. Podia ver que logo entraria em choque. Estava pendendo e inerte, quebrado em alguns lugares.

Preparava-se para viajar, ajustou algumas informações, quando uma figura apareceu à porta.

— Você não vai a lugar nenhum, Eduardo. Ele conhecia aquela suave voz; ele se virou, era Jane.

Percebeu tarde demais o brilho metálico da arma apontada para ele. Um tiro ecoou pela sala, caiu sobre a cadeira que emitiu um som agudo. Tudo desapareceu novamente.

Eduardo lentamente abriu os olhos, sentindo uma dor latejante em seu braço direito. Confuso, piscou algumas vezes para ajustar a visão. Não estava mais na sala vermelha, não havia monstros, nem figuras familiares. Ao olhar em volta, percebeu que estava deitado em sua própria cama, no quarto familiar e reconfortante que sempre conheceu.O som distante do rádio preenchia o quarto, trazendo consigo as notícias matinais e a voz serena de sua mãe. Era como se nada tivesse mudado, como se toda a experiência na usina e a luta contra os monstros fossem apenas um sonho distante."Será que foi mesmo um sonho?", Eduardo se perguntou, sentando-se na cama com cuidado para não incomodar o braço dolorido. Sentiu uma pontada de dor na região onde o tiro o atingiu, fazendo-o franzir a testa. Mas havia também a possibilidade de que ele tenha dormido de mal jeito, afinal, a posição desconfortável poderia explicar a dor. E se fosse o caso, por que ele não se esqueceu dessa vez?Antes que pudesse encontrar uma resposta, a porta se abriu suavemente, e a voz calorosa de sua mãe ecoou pelo quarto.— Eduardo, querido, está na hora do café da manhã. Venha se alimentar antes de ir para a escola.Eduardo olhou para a porta, vendo sua mãe parada ali, sorrindo gentilmente para ele. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha, perguntando-se se aquilo tudo foi realmente real ou apenas um sonho vívido. Com um suspiro resignado, Eduardo decidiu deixar essas perguntas para trás por enquanto e abraçou sua mãe com força.

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