Capítulo 6

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• Capítulo 6 •

Ana seguiu atrás de Christian, subindo o degrau único de uma espécie de cômodo que havia no meio da floresta. A chuva havia aumentado consideravelmente, e era fria e bruta, formou poças de água e lama no chão, e Ana agradeceu por estar de tênis e não de sandálias.

_ Que lugar é esse? - perguntou enquanto entrava.

O lugar escuro logo se iluminou com uma luz única que Christian acendeu ao lado da porta, fechando logo atrás de Ana quando a garota entrou. Era um cômodo completo, havia uma espécie de sofá no canto, alguns barris e não foi difícil de identificar os materiais de pesca e uma canoa pendurada na parede.

_ É a cabana de pesca - Christian respondeu.

Ele também já tinha os lábios roxo de frio e o cabelo grudando em seu rosto. Após Ana falar tudo o que deveria e não deveria, Christian apenas seguiu a passos firmes e largos a frente dela, e aquela era a primeira vez que abria a boca. Ana sentia certo remorso em si. Não deveria ter dito nada, não tinha nada a ver com a vida de Christian e não deveria julga-lo.

Ela abraçou o próprio corpo enquanto via ele se movendo pelo lugar, parecendo procurar algo, e a chuva do lado de fora era violenta enquanto batia na janela e no teto, e dava certo medo com tantas árvores em volta.

_ Aqui - Christian falou de repente, e Ana percebeu que ele havia encontrado cobertores. - Eu vinha para cá com meus irmãos quando mais novo... nós fugíamos e fingíamos que morávamos sozinho - contou, revirando os olhos para a idiotisse de criança.

Ana riu baixinho.

_ Eu me escondia debaixo da cama e colocava um cobertor em volta, jurava que ninguém me veria daquele jeito - contou, fazendo o outro rir também.

Christian colocou um cobertor em sua volta, a fazendo sentar no sofá, e então a cobriu com mais um.

_ Seria melhor se você tirasse a roupa, está muito frio e está molhada, pode ficar doente - falou enquanto tirava a própria blusa.

Os olhos piscaram diante do olhar hipnótico de Ana, que não teve a decência de desviar, percebendo mais que ansiosa em vê-lo fazendo o ato.

_ A roupa, Ana - Christian insistiu, se virando para lhe dar privacidade.

Ana balançou a cabeça para dispersar os pensamento, observando Christian virado, ela foi rápida em tirar a blusa, o sutiã e o short, deixando o celular todo molhado a essa altura no chão, e então voltou a se envolver nos cobertores quentes.

_ Já terminei - avisou, os dentes ainda batendo.

Christian se aproximou dela, preocupado, tocou em sua testa e seu pescoço.

_ Você ainda tá muito fria - comentou baixinho.

Ana engoliu em seco. Sentia um frio do caramba mesmo com os cobertores em volta de si, mas seu corpo era sempre muito frio mesmo, então não sabia dizer se era coisa dela apenas.

Christian deu um jeito de acender a lareira, encontrando algumas madeiras cortadas e deixadas dentro da casa. Provavelmente seu avô ou seu pai haviam pescado naquela semana mesmo, pois tudo estava mexido ali.

A Garota Perfeita - 50 TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora