𖣯 | TUMBLR :: arkhamknightz 𖣯 | TÍTULO :: fecho parte 2 𖣯 | WORD COUNT :: 2590 𖣯 | PAIRINGS :: spencer reid x fem!leitora
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Um mês se passou desde aquela briga com Spencer. As cartas começaram há uma semana e meia. Primeiro começou com flores na sua porta, com um pequeno bilhete anexado. "Sinto muito. Ainda penso em você todos os dias." Você estava revisando as roupas que trouxe na mala, além de comprar outras novas.
Você não poderia voltar para aquele apartamento. Você estava hospedada com uma amiga, como Spencer conseguiu o endereço não é muito surpreendente (graças a Penelope), mas ele começou a enviar cartas junto com pequenos presentes para a porta todos os dias.
Você se arrependeu da briga com Spencer, bem, arrependimento não é a palavra certa. Você quis dizer tudo o que disse, embora não fosse segredo que sua frustração tomou conta de você. Você poderia ter lidado melhor com isso? Sim absolutamente. Mas a caligrafia de cada letra de seu nome só trouxe uma dor no peito.
Não estava certo a forma como tudo aconteceu. Ele sabe disso, você sabe disso. Você podia sentir a hesitação nas cartas que recebeu. Você praticamente podia sentir os nervos irradiando da página, entrelaçados com a tinta.
Você estava melhor, embora não conseguisse responder. Você tem certeza que ele sabia que você estava recebendo os presentes. Caso contrário ele teria parado de enviar. Foi profundo conhecê-lo tão bem quanto você. Com cada letra da página você poderia visualizá-lo escrevendo-as.
Ele estaria sentado em sua mesa em casa, sabendo que não conseguia escrevê-los no trabalho. Se você inspecionou a página de perto o suficiente, você pode ver muitas gotículas fracas. Você conhecia Spencer bem o suficiente para que ele faria o possível para não estragar a página, embora parecia que alguns dias ele nunca percebeu que elas estavam lá. Suas lágrimas ficaram um tanto marcadas na página.
Você sabia que provavelmente estava acabado. Talvez fosse raiva, talvez fosse tristeza mascarada como tal. Mas você não precisava do fechamento dele. Você não precisava saber o que se passava na cabeça dele nos dias em que ele começou a te ignorar por medo do que poderia ter sido.
A maneira como ele olhou para você naquela noite, a maneira como falou quando lhe disse para parar de falar. Ele falou como se você fosse alguma situação que precisasse ser resolvida. Do jeito que você imaginou que ele falaria no trabalho. Você estava bem com o rancor borbulhando em seu peito. Você estava perfeitamente bem durante a primeira semana no quarto de hóspedes, velas acesas enquanto lágrimas rolavam pelo seu rosto com uma bebida na mão.
Cada vez que você fechava os olhos você podia sentir a presença dele. Você podia sentir o desejo de sua mão em seu ombro, beijos suaves em sua testa e sussurros de segurança. Doeu conhecê-lo do jeito que você conheceu. Doeu saber que ele jogou algo fora tão facilmente depois de construí-lo durante anos.
