30° Capítulo

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Joseph

-Cara, seu pau parece maior.

O encarei com uma sobrancelha erguida.

-Vai se foder.

-Eu preciso foder, não quer vir comigo?

-Cala a boca, Raoni.

-No seu casamento... - Começa a falar enquanto limpa uma arma - Eu vou chamar mais atenção que você.

-Você está proibido de ir no meu casamento.

-Não, eu sou o seu padrinho.

-Ah! - Levantei pegando uma arma também - A cor do smoking dos padrinhos vai ser verde-esmeralda. Nada de aparecer lá de preto.

Apontei para o alvo e apertei o gatilho acertando em cheio no pequeno saco de areia que usamos para treinar.

-Eu não tenho smoking verde.

-Procura.

Ele dá um sorriso sarcástico levantando o rifle em minha direção. Ele desce para as minhas calças dando um sorriso de lado quando para no meu pau.

As vezes eu desconfio da sexualidade do Raoni.

Ele desviou da minha calça e atirou no saco de areia.

Raoni é o melhor atirador do grupo, ele além de ser um puta de um gostoso é a porra de um gangster.

-Só não atirei no seu saco por quê a Katy ainda precisa provar dessa delícia.

-Ainda precisa? - Desviei o olhar para o meio das árvores.

-Acha que eu vou acreditar que você e a Katy estão juntos a quase três anos? Eu não sou tão burro Joseph, e conheço você.

Continuei olhando para as árvores.

-Olha na minha cara calabreso, eu sei que essa relação entre você e a Katy é um plano idiota do seu pai para salvar os negócios.

Soltei o ar.

-É.

-E como você se sente a respeito disso?

-Péssimo, a Katy é uma boa pessoa.

-É perceptível, ela aceitou participar disso ou vocês a sequestraram?

-Ela é neta do Jarel Mendes.

-Caralho, vocês são uns filhas da puta mesmo.

-E você faz parte disso, então não é diferente.

-Eu estou destinado a ser assim, Joseph. Não nasci para ser ceo de empresas bilionárias, nasci para ser um assassino impiedoso.

-Não precisa ser assim.

-Mas eu sou.

Eu e os meus irmãos nunca matamos alguém. - só tortura - O trabalho de se livrar das pessoas fica com os capangas do meu pai - como o Raoni - e com ele.

Minha família tem sangue nas mãos. Mas eu não quis ser igual, nunca tive coragem de disparar uma arma em alguém ou esfaquear.

Deixo isso com o meu pai.

Eu sei que sou um homem muito desacreditado do mundo, mas eu tento ser um bom pai para o Jonathan. Ele merece todo o amor do mundo, e eu tento dar todo esse amor.

Ele passou seis anos sem precisar de uma mãe. Eu fiz de tudo para fazer o papel dos dois, e sei que ele não precisa de mais ninguém.

-Tem medo de acontecer alguma coisa com ela?

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