Família.

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Oii pessoal! Passando pra agradecer de coração por todo o engajamento por aqui. Estou meio enciumada e receosa (sabemos que quando um ship explode as coisas sempre acabam dando errado) com todo esse surto envolvendo minha duplinha. Por outro lado, é bom ver Aibru sendo valorizado, mesmo que tenha tempo que ele exista no meu coração haha

Estou amando ler os comentários de vocês durante os capítulos, então não se segurem e boa leitura! 😽💗

*****

Aila

Engulo a seco, sentindo o olhar de Luís quase me queimando. Nós combinamos mais cedo, e bom... é só um sorvete. Mas essa é a questão: com o Luís, tudo vira algo muito maior do que sempre é. Por isso tudo deu errado em 2020. Até por conta de que garota nenhuma com dezessete anos estaria pronta para um furacão de emoções e um relacionamento. É o que eu penso.

- Não vejo ela faz tempo. - digo, tentando apelar para o emocional que acredito muito que tenha. - Podemos ir outro dia, Lu. Tudo bem?

Ele olha para Bruno, depois para mim. Acho que uns cinco segundos se passam, e só então ouço sua resposta.

- Tá, tanto faz. - ele coça a nuca. - Pela Bianca, tudo bem.

(...)

O ar fresco da manhã acaricia meu rosto enquanto caminho ao lado de Bruno em direção ao carro. Luís ficou para trás, e uma sensação de alívio se mistura à tensão que ainda paira no ar. Sinto o olhar do mais velho sobre mim, e algo na maneira como ele me observa me faz sorrir interiormente.

- Você lembra do Ricardo quase derrubando o bolo? Achei que era coisa da minha cabeça, mas o Jean disse que eu não inventei e rolou mesmo. - Bruno comenta, quebrando o silêncio.

Rio suavemente, aproveitando a descontração no ar. Porém, não perco a oportunidade de provocá-lo.

- Não me chocaria você ter inventado. Bebeu que nem um cavalo.

Seus olhos brilham com surpresa e diversão. Bruno decide abraçar a brincadeira, sorrindo.

- Eu? Inventar? Jamais! Você sabe que eu sou um poço de honestidade. E falando nisso, não exagerei na bebida.

Dou risada de novo, mas sinto uma pontada de nervosismo. O álcool sempre foi uma faísca delicada entre nós. Observando Bruno, não posso deixar de notar que está tentando pegar no ar se "aprovei" ou não seus comportamentos ontem.

- Não? Parecia que estavam distribuindo doses de tequila com o seu nome. - Brinco, tentando manter o tom leve.

Bruno solta uma risada sincera, e percebo que, apesar da descontração, algo ainda paira no ar. Há uma tensão que não consigo decifrar completamente. Minha curiosidade pulsante toma conta de mim.

- Talvez uma ou duas a mais, mas nada uau. - Ele responde, ainda sorrindo. - Não sou fraquinho igual você, não aguenta nem um copo. Ou uma... - ele dá uma pausa. - Cosquinha.

Sinto o perigo chegando, mas mantenho a pose.

- Quem disse que eu sou sensível a cosquinhas?

Num movimento ágil, Bruno ataca, dedos ágeis encontrando os lados do meu corpo. Solto uma risada contagiante, tentando escapar, mas Bruno é implacável. Entre risos, empurrões brincalhões e tentativas de me livrar das cosquinhas, nos perdemos no momento.

Meu sorriso é genuíno, e me pego admirando a capacidade de Bruno em transformar até as situações mais tensas em algo leve. Droga. Eu queria manter isso, sem dificultar as coisas. Sem olhar para ele ficando com outra garota e sentir o nó estranho que senti ontem.

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