Eles avançam cautelosos pelo ambiente encharcado de fetidez e trevas. O caos impera: macas abandonadas desordenadamente no corredor, cadeiras de espera prostradas, poças de líquidos desconhecidos e manchas de sangue adornam o chão e as paredes, enquanto pedaços humanos em avançado estágio de decomposição no chão são infestados por larvas. O percurso é permeado pelo silêncio sepulcral, à medida que passam diante das salas dos pacientes alinhadas em ambos os lados e seguem em direção a placa "<<< elevador"
Gavin e Maddy lideram o caminho, a luz da lanterna guiando-os, enquanto Jake, cada vez mais aterrorizado, serve de guia até o elevador. Ao alcançarem o final do corredor, contornam à direita, deparando-se com um estreito corredor de dez metros, onde o elevador se destaca no meio e a escada ao lado e uma sala se destaca no fim do corredor, seguida por outra curva à direita com uma placa no teto escrito "lab 2". Parando diante do elevador, percebem a ausência de botões para chamá-lo, apenas um dispositivo para passar o cartão.
Gavin se vira abruptamente em direção a Jake, a intensidade de seu olhar perfurando a alma do refém.
— Que desgraça é essa? — questiona ele, fitando Jake com uma mistura de incredulidade e fúria contida. Ele prossegue, aproximando-se até ficar cara a cara com o homem, os feixes de luz das lanternas destacando suas expressões tensas.— Você nos enganou?
— N-não! — gagueja Jake, sua respiração acelerada denunciando o medo crescente, suas mãos ainda aprisionadas pelas cordas. — Eu esqueci, juro!
— Você ao menos tem o cartão? — indaga Maddy, sua voz ressoando por trás de Gavin, seus cabelos loiros parecendo uma auréola de esperança na penumbra.
— Eu acho que está no meu bolso — murmura Jake, desesperado.
Christian avança em direção ao homem, suas mãos ágeis vasculhando os bolsos da calça resistente de poliéster. Porém, seus esforços são em vão.
— Nada! — declara ele, afastando-se com uma expressão de raiva contida.
— Eu acho que estava no humvee, juro! — insiste Jake, sua voz trêmula ecoando pelo corredor sombrio.
Lara observa ao redor e avista uma escada adjacente ao elevador, que leva ao andar superior.
— Podemos usar a escada? — sugere ela.
— Foi o que eu disse, as escadas estão bloqueadas para evitar que as criaturas subam! — explica Jake, seu tom trêmulo revelando o medo latente. — Devemos seguir em frente — continua, lançando olhares temerosos ao redor, em busca de qualquer indício de perigo na escuridão. — Tivemos sorte o suficiente por não nos depararmos com aquelas criaturas.
Gavin solta um suspiro profundo.
— É melhor encontrarmos uma maneira de subir, ou então deixaremos você aqui com essas criaturas — ameaça ele, sua voz carregada de hostilidade.
Engolindo em seco, Jake pondera as opções, enquanto seu olhar percorre os rostos dos sobreviventes: Maddy transbordando esperança, Lara irradiando determinação, Raquel mantendo uma expressão serena e Christian exibindo uma fúria reprimida, suas sobrancelhas franzidas pelo ódio.
— Alguns cientistas ainda ficaram presos aqui embaixo... eles devem ter o cartão! — sugere Jake, sua voz ecoando pelo corredor sombrio.
Lara intervém, analisando a situação.
— Mas esse dispositivo parece inoperante sem energia — supõe ela, lançando um olhar investigativo ao mecanismo. — Se for o caso... para que serve o cartão?
Gavin direciona seu olhar inquisitivo para Jake.
— Isso é verdade? — questiona.
— Sim... Mas eu sei onde ligar a energia aqui embaixo! — responde ele, apontando, com a mão ainda presas, na direção de onde vieram.
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The Dead Come Back To Life: O Caminho Para Crossville
Teen FictionEm um apocalipse devastador que transformou o estados unidos em um pesadelo desolado, Christian, um jovem resiliente que luta pela sobrevivência junto a um bando de jovens, atravessa este novo mundo infernal com um propósito inabalável: reencontrar...