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Igor
1 mês e 2 dias depois..

Senti meu rosto virar com o tapa do policial.
Me recompôs e encarei ele, novamente

- E aí porra, vai continuar pagando de durão ? - Sorri de lado e novamente senti outro tapa, dessa vez mais forte — Entra Alfredo

Foram segundos pra entrar o velho com cara de deboche e segurando uma madeira na mão

Alfredo: Vamos vê se agora ele continua sendo durão - Sorriu

Alfredo se aproximou e foi questões de segundos pra sentir a madeirada forte na minha perna.

Fechei o punho com ódio daquilo.

Alfredo: Ah, então ele não vai gritar ? Implorar pra não arrebentar ele aqui com essa madeira ? - Riu sarcástico

Senti novamente a madeira entrar em contato com minha pele, me fazendo fechar os olhos

E não era só apanhar de madeira que nós apanhava não, era ferro e acordando sempre com água gelada sendo jogada em nós.

Minha vontade era de gritar de dor e socar ele

Mas eu não podia gritar, não podia mostrar que estava sentindo dor, seria pior.

E foram minutos assim, até ele desistir.

Meus pulsos e pernas foram desamarradas da cadeira. E minha blusa puxada pra cima, me fazendo levantar.

Minhas pernas bambeavam e estavam roxas, assim como meu braço

Sai de dentro daquela sala pequena e fedorenta, fomos andando em direção ao corredor, onde ficavam as selas

Gemi baixo de dor enquanto andava pelo corredor da prisão que era iluminada por uma luz branca forte, barulhenta e suja.

Senti meu corpo ser jogado pra dentro da sela, onde estava Kaue

Coloquei o braço pra fora da sela pro codorna tirar minha algema.

- Se comporta, se não já.. vai voltar pra sala de onde tu saiu e vai apanhar o dobro - Escutei a voz do policial e fechei meus olhos, controlado a raiva que eu sentia

Me sentei na cama dura e enfiei a mão no meu cabelo, apertando.

Não aguentava mais isso.
E nem sabia quando ia acabar.

Fomos presos por vários artigos.
E esse caralho tá dando uma pena enorme pra nós cumprir

Ontem veio ate advogado aqui pra vê o que conseguia fazer por nós..

Sentia uma falta enorme da
minha mãe e do meu pai.

Kaue: Tá suave tu ? - Sentou do meu lado, passando a mão nas minhas costa em um sobe desce

— Namoral mermo Kaue, tá tudo uma porra.
Todo dia esses filha da puta vem cá, pega nós e bate pô. To de saco cheio

— Nós vai sair daqui pô, vamo cobrar esses filho da puta e fazer pior. Anota isso

Sobre nós [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora