Americanizado?

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Nosso querido Brasil estava absolutamente radiante. O que, alguns meses atrás, ele jamais imaginaria já que ele estava sentado e sóbrio durante uma festa. Olhava os países ao redor dançando à meia iluminação que ele tinha colocado no grande pátio da mansão alugada para comportar os países e seus estados. Se divertia ao ver as interações que rolavam naquela festa que estava acontecendo sem motivo específico, só porque estavam felizes e com vontade de dançar, beber e flertar. E como flertavam!

Olhou para seu copo com energético e sorriu docemente. O que tinha acontecido consigo hein?

- Ce n'est pas possible! O que aconteceu com Mon cher Brésil? - disse França, já visivelmente alterado pelo álcool - Vejam só galera, ele está quieto ali no sofá, sóbrio tal qual um velho!

- Qual foi França, tá me estranhando é? - respondeu o Brasileiro, jogando as mãos pra cima - Nada aconteceu comigo, se você quer saber, eu tô muito que bem aqui.

- Oh oui, eu vejo. Mas ainda não respondeu, por que está tão quietinho e sóbrio aí? Precisa de alguém pra te animar, hm? - Francis provocou, chegando mais perto do brasileiro, que quase fez uma careta.

- Hahahahaha precisa não tá? Tô ótimo aqui. Cê que não viu, mas eu já dancei que só aí com o pessoal, o RJ tava lá, pergunta pra ele. - Luciano respondeu, apontando para a pista. Para seu azar, o loiro não estava mais lá. De longe, só conseguiu ver o Cearense dançando até o chão com Tocantins enquanto Rondônia gravava tudo, "para a posteridade", como ela gostava de dizer.

- Eu vejo.. - respondeu Francis, levantando uma sobrancelha - Claro, claro.

- E aí, como estamos por aqui? - cumprimentou Croacia, chegando por trás do Francês.

- Sóbrios, pelo jeito. - respondeu o mesmo, apontando com o indicador o brasileiro - Dá pra acreditar?

- Luciano, sóbrio numa festa? Essa é nova. Vendeu a alma foi?

- Égua, mas vocês são chatos hein guris? - exclamou Luciano, revirando os olhos. - Já que vocês estão tão empenhados em meter o nariz onde não foram chamados, eu fiz um acordo com o Martín ok? Ele queria beber bastante hoje, então fiquei sóbrio pra cuidar dele depois. Satisfeitos?!

- Ah, que fofo. O namoradinho se sacrificou pelo seu amado foi? - disse o croata, com o mesmo tom de voz que usamos para falar com cachorrinhos ou bebês - Mas como é dedicado!

- Vai dar meia hora de cu com o relógio parado seu otário do caralho - disse Luciano, mostrando o dedo para Drazen

- Nossa, que vocabulário rico você tem hein? - disse o croata, realmente surpreso com o mega palavrão do brasileiro. Ou palavrões. Não tinha certeza se foi xingado uma ou várias vezes, mas sentiu "a potência".

- Bem, é isto. Estou sóbrio porque mais tarde vou cuidar do meu namorado, e não me arrependo. - encerrou o brasileiro, que após terminar de dizer seu ultimato, levantou para pegar mais alguma bebida pra si, e talvez papear um pouco com algum dos seus estados ou outros países que estavam por ali

Francis e Drazen se entreolharam, sorridentes. É claro que eles só estavam tirando uma com a cara do amigo deles, e todos achavam muito fofo (as vezes fofo até demais) o relacionamento do moreno com o argentino. Assim, foram arrumar outra coisa pra fazer, já que já tinha dado a cota da noite com o Brasil. Francis foi o primeiro a se retirar, indo conversar com Coréia e Japão, que estavam juntos ali por perto. Drazen quase sentiu pena do quase casal.

- Drazen! ¿Has visto Brasil? - Perguntou Venezuela, que estava acompanhada de Colombia e Argentina.

- Acho que ele foi pra pista de dança esfriar a cabeça. Eu e Francis estávamos brincando com ele ainda pouco hahahahah

Brasil brasileiro (One-shot)Onde histórias criam vida. Descubra agora