Leonor voltou ao final da tarde. Rodolffo acordou diversas vezes mas logo voltava a dormir.
Saí do quarto para conversar melhor com ela.
- Leonor, conte tudo. O que levou a este quadro.
- Eu conheço a vossa história. Eu trabalho há 5 anos com ele por isso tenho obrigação de o conhecer bem.
Depois da conversa que ele teve com o seu pai ele simplesmente desistiu de vocês. Não que a conversa tivesse sido má. O seu pai foi muito atencioso mas dadas as recusas suas em atender as suas chamadas simplesmente mergulhou no trabalho.
A princípio começou por ficar após o expediente e ia embora depois da 23 horas. Depois começou a ficar e encostava-se no sofá. Tantas vezes o encontrei assim de manhã.
Perdi o interesse na vida, dizia ele.Descurou a aparência e descurou a alimentação. Deu nisto. Agora é lutar para reverter o processo.
- Obrigada Leonor. Vou a casa trocar de roupa e jantar mas eu venho ficar com ele de noite.
- Então eu fico até a Juliette regressar.
Juliette telefonou ao motorista do pai para que viesse buscá-la e ele assim fez.
Tomou um banho, trocou de roupa e fez uma pequena maleta com uma muda de roupa, roupa íntima e alguns itens de higiene.
Jantou e de seguida regressou ao hospital.
Rodolffo já estava acordado e já tinha jantado disse Leonor que aproveitou par dizer até amanhã e sair.
- É verdade?
- O quê? Não quero ouvir esses aparelhos apitarem.
- Eu estou calmo. Estás mesmo grávida?
- Sim.
- Deixas-me participar da vida dele?
- Claro que sim. E da minha se ainda não for tarde.
- Nunca é tarde para amar.
Juliette deu-lhe um selinho de leve.
- Vais ficar aqui de noite?
- Vou. Daqui a pouco vão trocar-te de quarto para um com duas camas.
O meu pai é amigo do director e ele vai fazer essa gentileza.- Oh! Podia ser uma de casal.
- E correr o risco de eu te desligar todo durante o sono. Não quero ser acusada de homicídio.
E deixa de ter ideias que a recuperação vai ser lenta.Rodolffo foi trocado de quarto e ao mesmo tempo foi-lhe ministrado um sedativo para melhor passar a noite.
Conversou com Juliette mais um pouco, mas assim que viu que ia adormecer disse-lhe para ela ir descansar também.
O sedativo era forte. Juliette sabia que ele dormiria a noite toda
No dia seguinte, Ana também veio visitá-lo com Saul. Ficaram um pouco e depois chegou meu pai.
- Vim ver o Rodolffo, mas também te vim ver a ti.
- Eu estou bem, pai. Dormi muito bem.
- Só queria confirmar para cancelar o voo para Paris. Chegou hoje o bilhete.
Rodolffo olhou para ela e não disse nada.
- Podes cancelar. Não vou viajar mais.
- E o Rodolffo. Já sabe quando tem alta?
- Não. Parece que ainda vou ficar muito tempo por aqui.
- Se é necessário, deve ficar o que o médico disser
Já vou indo.- Vai pai. Depois disto tudo temos muita coisa que conversar.
Não sei porque é que o meu pai me escondeu a visita de Rodolffo.
Julgava que não tínhamos segredos.Os dias seguintes Rodolffo apresentou melhoras significativas. Os aparelhos tinham sido desligados.
Havia apenas um controle mais apertado para a pressão arterial.- Se quiser sair do quarto e dar um passeio pelo jardim, está autorizado, disse uma enfermeira depois de vir trazer a medicação da manhã.
- Queres, Ju. Passear no jardim.
- Quero. Vamos apanhar sol que estás a ficar branquela.
- Branquela não é bulling?
- É capaz de ser. Neste caso é apenas a constatação óbvia do estado em que se encontra a tua pele.
- Dito assim parece um caso grave.
- Vem. Vamos passear antes do sol esteja a pique e te faça mal.
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Não pise
FanfictionDevia ter uma placa no meu coração escrito não pise, Devia ter um outdoor na minha vida escrito não brinque. ....