Becos da Vida - ErrorInk

Noite Pacífica;

No final da tarde e a confeitaria já estava fechando, e que dia cansativo. Ink terminava de arrumar as mesas, Ccino arrumava a cozinha, já Swap, era sua vez de pegar os gatos, e por algum motivo, eles estavam muitíssimos agitados; ele tentava chamá-los daqueles arranhadores que são presos na parede.
Ink, que já havia terminado, estava sentado em uma das mesas saboreando o resto da água de sua garrafa de plástico, enquanto admirava a cena cômica diante de seus olhos. Um tempinho depois, Ccino se junta a ele. Após uns cinco minutos, Swap estava com os três gatos em suas devidas gaiolas portáteis; o mais velho tinha uma gaiola própria por ser mais obeso e meio agressivo em espaços pequenos; os outros dois, mais calmos, até já dormiam, ambos dividiam a mesma gaiola. Swap entregou a Ccino, enquanto recuperava o fôlego.

-Vitória. - Diz Ink enquanto batia palmas de forma irônica.

Swap deu o dedo do meio, levando um chute leve na canela de Ccino.

-Só vamos logo. - Ccini sinaliza com a cabeça para a porta. Ink toma a frente sendo seguido pelos outros; Swap acena enquanto atravessa a rua se apressando para pegar o último ônibus da noite. Ink e Ccino também apenas se cumprimentam silenciosamente enquanto cada um vai a um caminho oposto; Ink a pé e Ccino com um triciclo, com uma cesta na parte traseira que é onde ele coloca os gatos. Por conta do embalo, ele sempre deixa almofadas para não machucá-los. À noite costuma ser bem calma por aqui, por estarem deixando o verão, o frio ia voltando aos poucos. Ink ajeita seu cachecol enquanto segue seu caminho, sensação de um vento fraco da noite o faz ajeitar o cachecol. Ele mora em uma casa pequena mas confortável; assim que chega, abre a porta e segue até a cozinha. Por estar cansado, ele só pega um guaraná geladinho e um último pedaço de bolo de cenoura muito bem recheado com chocolate. Não é a melhor opção para jantar, mas ele não tem costume de cozinhar para si mesmo, tanto que o bolo é um presente de Reaper há umas semanas atrás. Após seu "jantar", ele fica jogando alguns jogos de revistas de cruzadinha. Por conta da insônia, dormiu apenas dez minutos depois.

Na estrada estava um carro que foi comprado em dinheiro, uma van para ser mais exata, da cor cinza. Difícil imaginar que lá estaria uma das maiores quadrilhas da região, "Bad guys" eram assim nomeados, por deixarem notas com esse nome em seus crimes. Estavam em uma mudança para ir atrás de uma certa pessoa; mal tiveram uma reunião para isso, Nightmare apenas ordenou o informante a avisar todos. Aquela van era o tédio em um local só. Killer escutava música na janela, Dust e Nightmare dormiam; o problema é que ambos roncam. Nightmare tem um ronco baixo mas grave, já Dust tem um ronco mais alto. Horror fingia ter um ninja pulando os obstáculos do lado de fora; ele estava muito concentrado nisso enquanto fazia os efeitos sonoros do ninja imaginário. Error vasculhava o celular; esse ambiente o irritava profundamente, e Cross dirigia, o mais são do grupo. O monocromático seguia o GPS com muita atenção; ele quem estava a mais tempo no volante, o que o fez abusar um do café, pequeno spoiler que ele terá uma batalha intensa na privada mais tarde.

Voltando à cidade em um pequeno prédio de três partes, a primeira com uma floricultura já fechada, o segundo andar já é uma casa. Um livro de notas estava na bancada daquele local, escrito:

"Um sonhador que sonhou com além, vidas com uma lâmina são a fortuna de alguém...."

"Se lágrimas são falhas porque fazem bem?"

E assim seguia poemas melancólicos um tanto hipócrita para aquele que sempre incentivava os outros a verem o melhor lado das coisas. Mas bem, Dream gostava do terror e da passividade das coisas; para um porta não é nada mal.