A reação ao beijo

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Marie chorava em seu quarto, tentando abafar os soluços com o travesseiro, mas não deu certo. Ela só conseguiu limpar as lágrimas quando ouviu batidas em sua porta.

— Entre. — ela rapidamente se recompõe.

— Oi, filha. Iria perguntar se estava bem, mas pelo visto, não está. — sua mãe entra.

— Não tô mesmo, mãe. Será que não existe outra maneira da gente continuar aqui?

— Infelizmente não, querida. Seu pai perdeu o emprego, eu tô com a perna lesionada então não consigo emprego nenhum, e você não está matriculada integralmente na Caltech. É triste, meu amor, mas logo logo tu volta pra cá. Inteligente desse jeito. — a senhora de cabelos negros se senta ao lado da filha na cama.

— Mas lá no Brasil não há oportunidades como aqui. A gente estava tão bem. Eu tô tão feliz aqui, não suporto a ideia de voltar.

— Eu sei, meu amor, eu também não. Mas infelizmente teremos que retornar. Fique tranquila que não será por muito tempo. Eu tenho fé que tudo dará certo, principalmente pra ti, Mari.

— Não tem o que fazer, né?

— Não. Já temos até a data que nos deram para voltar. 19/08/02. Bem no aniversário do seu pai.

— O que?! — Marie se levanta da cama em um pulo. — Mas isso é daqui 3 dias? Eu... Eu... — As lágrimas voltam para o rosto de Marie.

— Calma, filha! Demos sorte, poderiam ter nos mandado embora ontem!

— E você acha que falar isso vai me ajudar a me acalmar?! — Marie indaga furiosa, mas logo se acalma. — Desculpa gritar. Estou muito nervosa.

— Obrigada. Não é só você que está. Vai aproveitar seus últimos dias aqui enquanto eu organizo suas coisas. Menos estresse pra ti.

— Eu agradeço muito, mãe. Eu já sei para onde tenho que ir.

— Para a casa daquele físico? — sua mãe abre um sorriso.

— Não, para Joy mesmo.

— Ah. — sua mãe bufa.

16:49

— JOYY!! É tão bom te ver. — Marie pula para um abraço quando Joyce abre a porta.

— Digo o mesmo, Mare. Nem acredito que você vai mesmo. — Joy encara a cacheada.

— Nem eu. Eu tô tão abalada com essa situação. Preciso muito do seu afeto agora.

— Claro! Entre, Mare.

As duas conversam por horas sem fim. Marie aponta que irá falar com Sheldon sobre sua mudança e como está ansiosa com a situação.

No dia seguinte, dito e feito, Marie vai para a universidade para conversar na cafeteria com Sheldon uma última vez.

O coração de Marie se acalma ao vê-lo sentado, almoçando.

— Olá, posso me sentar?

— Olá, Marie, claro. — o rapaz a responde.

— Então, preciso conversar contigo sobre algo sério.

— Sobre como o Hulk seria se feito de esponja? — Ele solta, Marie ri.

— Sinto muito te decepcionar, mas não.

— Então não é tão importante assim.

— Acredite, é. Enfim, vou falar sem enrolação. Eu vou ser deportada de volta para o Brasil. — ela solta, ele apenas a encara. Marie percebe o mundo de Sheldon caindo por trás daqueles olhos.

A história é outra (tbbt au)Onde histórias criam vida. Descubra agora