capitulo único

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Algumas pessoas do elenco de Terra e Paixão haviam acabado de sair da gravação de uma cena muito importante, entre essas pessoas estavam Diego e Amaury, os principais nessa gravação. Todos saiam do estúdio correspondente ao cenário do hospital com suas mochilas e descaracterizados, caminhando para o espaço de alimentação do Projac.

Em meio a conversas e risadas com todo o pessoal, Diego puxou Amaury pelo braço para chamar sua atenção e algumas pessoas acabaram parando para ver a interação da dupla.

– Amaury, vem cá, a gente vai gravar um story.

E sem nem esperar o consentimento de Amaury, Diego abriu o instagram e começou a gravar seu rosto.

– Pronto. - começou ele para o celular e foi até Amaury, deitando a cabeça em seu peito sorrindo enquanto olhava, não para si, mas para Amaury pelo visor do telefone. 

Se tornará automático para Diego estar sempre em contato físico com Amaury, em todos os momentos possíveis. Ele gostava de sentir o calor que o homem irradiava sempre, gostava da textura de sua pele, do cheiro que ficava impregnado nele toda vez que eles se encostavam.

Amaury era para Diego tal qual um vício era para seu viciado. E ele sabia que isso era um problema.

Amaury fez um biquinho fofo, que deixou Diego cheio de borboletas no estômago, antes de começar a falar algo.

– Pronto por que? Tô sujo de maquiagem - Amaury se pronunciou, olhando-se pelo celular e limpando alguns vestígios da maquiagem que havia ficado presa em seu cabelo.

Diego, que passava a mão na barba de Amaury, respondeu com um “Xiu”, enquanto começava a limpar seu rosto.

– Fica quieto, não pode falar nada, Amaury.

A câmera não capturava, mas Amaury tinha Diego envolto em seu braço, segurando o ruivo que estava nas pontas dos pés para conseguir tirar as sujeirinhas de maquiagem de sua barba.

Quem estava de fora conseguia sentir a atmosfera ao redor dos dois.

Não era necessária tanta proximidade e toques para gravar um mero story, mas Diego fazia questão de se aninhar em Amaury sempre que possível e, bom, Amaury nunca reclamaria. Ter Diego perto, principalmente segurar Diego pela cintura para abraçá-lo, era a coisa mais deliciosa do mundo. 

– Tô sujo da maquiagem. - Amaury respondeu ignorando o xiu de Diego, fazendo questão agora de também limpar sua barba apenas para que seus dedos se trombassem nos de Diego.

Diego sentiu choques pelo corpo quando notou o ato de Amaury e olhou rapidamente para o rosto do homem, se dando conta finalmente da proximidade de seus corpos e principalmente de seus rostos. Novamente a câmera não capturou, mas no breve segundo que o ruivo fraquejou, Amaury apertou mais seu corpo contra si, para mantê-lo nas pontos dos pés e próximo.

As câmeras não viram, mas o elenco ali presente via tudo. Muitos pararam seu caminhar até o restaurante, apenas para apreciar a dinâmica entre os dois, entre eles os amigos mais próximos tanto de Diego quanto de Amaury, que sabiam sobre sentimentos carregados por eles que nunca haviam sido ditos antes. 

– Sujo de maquiagem, de levar porra de apanhar. - o homem preto continuou, fingindo que não notava a respiração mais nervosa de Diego batendo contra seu rosto e fingindo também que não se sentia perdidamente ansioso com o fato de ter ele ali tão perto e não ter coragem de fazer absolutamente nada entre todas as coisas que gostaria de fazer. 

Ainda levemente em transe devido a todas as sensações causadas por Amaury, Diego começou a pensar o quanto ele sentia vontade de simplesmente mandar tudo a merda e puxar o rosto de Amaury para si naquele momento, só para ter seus lábios colados. Um pensamento totalmente intrusivo, mas que dominava a mente do ruivo que se encontrava perdidamente encantado pela forma que Amaury estava naquele instante.

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