014'

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O natal nunca foi um feriado de extrema importância para Helena, talvez porque a família dela nunca tenha sido tão unida. De unidos mesmo, apenas com a parte do Jotape, porque de resto, não mantinham muito contato.

Ou talvez fosse porque ela não teve um pai para se fantasiar de papai noel, montar árvore e coisas do tipo.

Os dois papais não eram realidade na vida dela.

Mas ela não gostava de pensar nisso de uma forma ruim, porque só demonstrava o quanto sua mãe era forte, e ela a admirava muito.

Aquele natal seria o primeiro que ela não passaria com sua mãe e irmã, pois pela primeira vez estava namorando e tinha a opção de passar com o namorado.

Eles combinaram de passar o natal na casa dos pais de Apollo, e no ano novo viajariam com parte da panelinha para a praia.

Naquele momento, Helena estava sozinha em casa, em chamada de vídeo com a Kauane, enquanto as duas se arrumavam.

— To nervosa. — Helena confessou enquanto passava o blush em seu rosto.

— Amiga, não tem pra que ficar nervosa, relaxa.

— E se não gostarem de mim? Eu fujo de lá? — disse e a amiga riu.

— Para de ser doente! Vai dar tudo certo.

— Kauane, eu to falando muito sério, não sei nem o que usar.

— Também não vai vestida igual puta né.

— Kauane! — repreendeu enquanto ria.

— Coloca um vestido soltinho. Você tem um desse vermelho, né?

— Tenho mesmo! — disse se lembrando, levantando e indo até o armário.

— Esse mesmo. — disse quando a garota mostrou o vestido na câmera. — Acho esse lindo.

— Vou usar ele então. — se sentiu novamente, continuando sua maquiagem. — E você amiga, vai passar com a família do Jota?

— Vou! Ano passado a gente passou com a minha.

— E vocês vão com a gente pra praia?

— Vamo'! Já to ansiosa pra ficar uns dias na praia, de verdade.

— Papo reto, tô com muita saudade da praia. — disse após espirrar a bruma em seu rosto. — Amiga, vou desligar aqui porque meu homem tá me ligando, beleza?

— Tá bom, linda. Beijo e boa sorte, qualquer coisa me liga!

— Tá bom, te amo!

— Te amo.

Helena desligou a chamada com Kakau e logo retornou a chamada perdida.

— Oi meu amor. — ele disse assim que atendeu. — Tô chegando já, beleza?

— Oi lindo, beleza. Tô te esperando.

— Beijo. — disse e desligou a chamada.

Assim que a chamada se encerrou, a garota levantou e foi vestir seu vestido. Também calçou seu air force branco, que, sinceramente, combinava com tudo. Era seu tênis coringa.

Pegou sua bolsa branca de ombro e desceu, esperando o namorado na portaria.

— Boa noite, Lena! — o porteiro a cumprimentou.

— Boa noite, tio! Não acredito que esse prédio lixo não te liberou pra passar a virada com a família.

— Também não acredito, mas pelo menos amanhã eu vou ter o dia inteiro pra curtir com eles. — sorriu. — E seu namorado, como tá?

𝐑𝐔𝐁𝐈, Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora