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Geralmente a adrenalina pulsava nas minhas veias nas noites de corrida, mas hoje não me sentia tão animada. Sentia-me estranha por ter me afastado deliberadamente de Taehyung e essa decisão estava me fazendo mal. Eu tinha pensado que seria o melhor a fazer, depois que me dei conta de ter ficado muito dependente dele e notado o ciúme pavoroso que tomou conta de mim.
Cheguei a cogitar chamá-lo para conversar e explicar que não podia me prender num relacionamento, porque estava muito assustada com o rumo que meus sentimentos me faziam tomar.
Porém, conforme os dias se passavam, eu me sentia mais desanimada e carente. Passei toda a noite de ontem chorando na cama por ter visto uma foto que Katherine postou no perfil dela, beijando a bochecha do meu gatinho. E nem tinha coragem de perguntar para ele como andavam as coisas com ela, pois podia não gostar da resposta.
Sentei-me na minha moto, apertando o capacete no lugar e tentando focar na corrida que estava prestes a começar. Normalmente, isso seria suficiente para afastar qualquer outro pensamento, mas a imagem de Taehyung com Katherine continuava aparecendo em minha mente, perturbando minha concentração.
O ronco do motor encheu meus ouvidos, enquanto eu aguardava o sinal para a largada.
Podia ver Jungkook um pouco mais à frente por conta da sua posição na última corrida, mas um dia seria eu a ocupar aquele lugar.
— Jenn! — gritaram meu nome em meio à multidão e eu olhei por curiosidade, procurandoquem tinha me chamado, porque o capacete abafava um pouco os sons. — Aqui!
De repente, meu coração sofreu uma breve agitação quando vi Kim Taehyung com o braço erguido no alto, acenando para mim com um sorriso enorme no rosto.
— Boa sorte! — ele gritou no instante em que o apito soou e eu disparei, a velocidade me dando um breve alívio, ao mesmo tempo em que apertava meu peito porque não consegui falar com o garoto.
Minha mente agora havia sido dividida entre as curvas da pista e a presença surpreendente de Taehyung na plateia. A adrenalina da velocidade misturava-se com uma espécie de ansiedade agradável, sabendo que ele estava ali, me assistindo, por vontade própria e não porque o obriguei a comparecer.
Consegui manter um bom desempenho, voltando a me animar como sempre foi cada vez que competia. A expectativa crescia conforme eu me aproximava da curva em que precisava me esforçar para me superar.
