Hoje eu sou o homem mais feliz do mundo.
Estou aqui na clínica à espera que tragam Juliette para o quarto. O Miguel nasceu lindo e saudável.
O parto foi rápido. Juliette acordou pela madrugada com as primeiras contrações. Viemos rapidamente para a clínica e meia hora depois já tínhamos o nosso bébé nos braços.
Enquanto espero vou descer e vou à florista aqui da rua comprar flores para ela.
Aproveitei para tomar um café e quando voltei ela já estava no quarto à espera do Miguel.
- Como estás, amor?
- Estou bem. A enfermeira já vai trazer o Miguel para mamar.
- Doeu muito?
- O quê? O Miguel nascer? Doeu um pouco, mas pensava que era mais demorado. Foi muito rápido.
- Ele estava com pressa de conhecer o papai.
- Modéstia é o teu forte, riu ela. Eu é que carreguei ele, sabes?
- Amo-te. Obrigado por este presente.
- Também te amo. Olha lá ele vindo.
- Com a primeira roupinha que eu comprei.
- Ai Rodolffo! Deixa de ser convencido. Tu pagaste mas eu escolhi.
- Mas as botinhas eram minhas. Eu ganhei na caixinha de revelação que eu não tive.
- Bicho besta.
Vem meu bébé. O teu pai não tem jeito. Vem tomar o teu leitinho.
Juliette ajeitou o Miguel no peito para mamar e quando ele deu as primeiras sugadas, olhou para Rodolffo que estava a chorar.
- Que foi amor?
- Nada. É a cena mais linda. Não tem como não se emocionar.
Ele encostou a cabeça à dela recebendo um beijinho. Ficou ali abraçando Juliette e segurando a mão de Miguel. Foi nessa posição que tiraram a primeira foto juntos.
- Amor, eu combinei de ninguém vir aqui ver o Miguel e a ti. Depois recebemos todo o mundo lá em casa.
- Eu acho bem. Não estou com disposição para receber gente. Quero saborear estes momentos só com vocês.
- Eu também quero.
Juliette precisou apenas de três dias na clínica. Hoje iam para casa com Miguel.
Rodolffo não contou, mas combinou com o pai e a mãe de Ju fazer uma pequena recepção de boas vindas.
Como ficou na clínica os três dias com a mulher e o filho, entregou a chave à sogra para que ela preparasse tudo. Queria receber todos no mesmo dia para depois a Ju poder descansar.
O jardim da casa estava todo decorado em tons de azul e branco. Havia uma mesa com alguns petiscos e bebidas.
Na entrada uma faixa com Bem-vindo Miguel.
Não estava muita gente. Apenas os avós e alguns amigos íntimos.
Juliette e Rodolffo mostraram a criança e o avô era o mais emocionado. Não largou o berço do neto durante todo o tempo.
Juliette após conversar com toda a gente veio ver o filho e encontrou o pai numa conversa de gente grande com ele.
- Havemos de ir pescar, vais comigo para o trabalho, vais de férias com o avô. Havemos de fazer muita coisa juntos.
Juliette não interrompeu a conversa. Deixou o pai terminar e só depois se aproximou.
- Já a manipular o meu filho?
- Não. Só estou a dizer o óbvio. Vamos ser muito compinchas.
- Não duvido pai. Agora eu preciso de dar mama a ele.
- Eu estou encantado, filha. Não imaginas a felicidade que é ter um neto. Muito maior que ter um filho.
- É pai? Julguei que ter um filho seria tudo.
- É. Mas ter um neto é duas vezes isso.
E se vier uma menininha, aí vou ser um avô totalmente feliz.- Pai, mas tu ainda és pior que Rodolffo!
Rodolffo ouviu esta última parte da conversa pois vinha a entrar nesse momento.
- Vês? O meu sogro pensa como eu. Agora tem que vir a menina.
- E se vier outro menino? Vocês vão rejeitá-lo?
- Claro que não. Aí nós tentamos até vir a menina.
- Bom, vou sair porque essa parte da conversa já é só com vocês.
- É pai. Agora foge. Atira gasolina na fogueira e deixa arder.
- Obrigado sogro pela força.
- Amor, estou cansada. Quando essa gente toda vai embora?
- Queres que eu os mande embora?
- Não quero ser deselegante mas eu queria ir descansar. Chama a minha mãe.
Chamei a minha sogra e pedi que ela delicadamente terminasse a reunião pois a Ju queria descansar.
A minha sogra era fantástica e sem qualquer rodeio disse:
- Ei gente! Vamos terminar a festa que mãe e filho precisam de descansar. Já comeram, já beberam, já viram o Miguel, que foi ele que vos trouxe cá, então vamos todos embora.
Juliette ouviu a mãe e ficou chocada com tamanha frontalidade. Ela conhecia a mãe muito mais contida.
- Mãe, não precisas ser tão frontal.
- Preciso sim. Se não for assim, vai haver sempre um que vai ficar aqui até ganhar vergonha. E eu sei muito bem que tu tens que descansar.
Não te preocupes. Aqui toda a gente se conhece.Em apenas quinze minutos a casa ficou livre de visitas.
Rodolffo pegou em Miguel e subiu com Juliette para que pudessem descansar um pouco.
- Eu preciso de um banho, mas agora eu quero é dormir um pouco enquanto o Miguel também dorme.
- Deita-te que eu deito o Miguel.
- Sim, mas depois vem aqui ficar comigo.
Rodolffo deitou-se ao lado dela e ela dormiu sobre o seu peito enquanto ela a abraçava e beijava seus cabelos.
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Não pise
FanfictionDevia ter uma placa no meu coração escrito não pise, Devia ter um outdoor na minha vida escrito não brinque. ....