Too Young to Die - Harry Potter✔

CAPÍTULO 19

Infelizmente, como Irk havia sugerido anteriormente, descobriu-se que um demônio ambicioso e seus exércitos estavam liderando uma guerra contra o rei pelo controle desta linha do tempo, e provavelmente de algumas outras.

Embora eu não pudesse me importar menos com os demônios destruindo uns aos outros da maneira mais brutal e avassaladora, logo percebi que encontrar Natasha seria quase impossível se ela fosse enviada para defender o castelo como a maioria dos soldados criados. Havia literalmente bilhões de mortos-vivos indo para a guerra contra bilhões de outros, e não foi realmente uma perda, já que aquele que vencesse poderia colher todas as almas e recriar soldados com elas. Era uma maravilha por que os demônios precisavam de tantas almas quando na verdade eram infinitos e indestrutíveis. No final tudo se resume a sempre a mesma coisa, mesmo sem uma boa razão para isso, todos querem ter mais almas que o vizinho...

Quando julho finalmente chegou, a batalha estava tão intensa quanto no mês anterior, e o castelo era constantemente atingido por pedras enormes, explosivos, projéteis vivos e outras coisas, lançados pelas catapultas e balistas do inimigo. A fortaleza era grande o suficiente e os escravos eficientes o suficiente para aguentar o ataque muito bem, e eu fiquei escondido nos telhados da torre do rei, definitivamente o melhor ponto de vista.

Eu estudei o sistema de captura de almas durante meus quatro meses de espera, comendo inferi e evitando bombas de pedra. A coisa era completamente demoníaca, eu não conseguia entender nada, mas o resultado foi que cada alma gerada em 1991 veio diretamente para o rei. O rei era um feio mastodonte de pedra e ossos, sentado em um trono do tamanho de uma casa, na sala principal do castelo, excessivamente decorada com ouro e platina, porém coberto por uma camada de sujeira e poeira. A partir daqui, por centenas de anos, o gigantesco demônio parecido com um lich criou consistentemente sua força de trabalho e seu exército.

Seus rituais não exigiam nenhum ingrediente. Eles não eram mais do que círculos com algumas linhas aqui e aqui, esculpidos no chão, e a magia que eles usavam para alimentá-los não era tão diferente da magia dos bruxos, eu decidi depois de observá-los por algumas horas.

Não pude chegar muito perto do local, só o tinha visto uma vez e quase me custou a vida. Os guardas da sala do trono não estavam tão dispostos a discutir o tempo como Irk estava, e prontamente lançaram um ataque contra mim quando me avistaram no parapeito. Não querendo me tornar inimigo do rei, tentei escapar sem lutar, mas os guardas blindados provaram ser incrivelmente rápidos e fortes e caíram sobre mim antes que eu pudesse.

Eu mal sobrevivi, meu machado foi derretido e o ferimento que recebi levou semanas para cicatrizar. Eu nunca fui tão bom com magia de cura em geral, mas neste reino era ainda pior, como se o próprio ar negasse que qualquer cura acontecesse.

"Maldição." Jurei mais uma vez. Isso não foi tão simples quanto deveria. A cada hora, um novo pelotão de soldados mortos-vivos era enviado para a batalha, e Natasha logo seria um deles. O problema era que os exércitos demoníacos não tinham nada parecido com ordem e disciplina e, por natureza, pareciam entregar-se ao caos massivo.

Vou ter que entrar nos soldados e encontrá-la antes de chegarmos ao campo de batalha e as coisas ficarem quentes demais para mim.

Olhei para o relógio, hoje eram 21 de julho de 1991, 13h, conforme havia calculado de antemão. Natasha era uma das almas se mexendo no céu naquele momento, e logo ela seria um monstro desfigurado rastejando no campo de batalha.

Esperei até 13h25 e pulei um nível. Eu estava nos telhados ocidentais, em frente ao pátio principal e de frente para a torre do Rei. Eu não sabia para onde o rei enviaria o próximo exército, mas estava prestes a descobrir. Os exércitos seguiram por caminhos subterrâneos ligados ao porão do rei para evitar serem retardados nas ruas estreitas da fortaleza e saíram pelas portas leste, norte ou oeste. Dessa forma, mesmo que a fortaleza fosse invadida, enquanto o rei tivesse sua torre, ele poderia continuar produzindo seus exércitos e enviando-os para fora. Foi um problema para mim porque mesmo estando no topo da torre do rei, eu não teria tempo suficiente para alcançar um novo exército assim que ele cruzasse as portas. Não, minha melhor escolha aqui é escolher uma porta e ter sorte... se não for a porta certa, terei que correr por ela.