Anime; A viagem de Chihiro Personagem; Haku Tema; Fofo e talvez tristinho¿? Escritora; marikhuan
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Um garoto que não aparentava ter menos de 12 anos, corria desesperado por um campo. Buscando fugir do que havia visto, sinceramente ele nem havia entendido o que aconteceu.
Ele estava encolhido perto de uma parede de arbustos e flores, chorando feito a criança que era. Estava perdido, sem seus pais, sem nenhuma maneira de consolação.
Ele se perdeu, viu seus pais serem transformados em porcos, e se viu obrigado a trabalhar para uma feiticeira. Ele sequer sabia que bruxas existiam!
E agora tinha um companheiro que sequer conhecia, e ao que ouviu falar dele, diziam que ele era arrogante.
— O que faz aqui? – Uma voz assusta o garoto e o faz olhar para a direção do barulho. — B/n, certo?
O menino encolhido acena com a cabeça, vendo um garoto com, provavelmente, a mesma faixa etária. Cabelos lisos, acima do ombro, com uma franja. E uma face singela, como se entendesse como o garoto se sentia.
— Sou Haku, seu companheiro de trabalho. — O, agora denominado como Haku, se agacha ao lado de B/n. Encostando suas costas na parede de arbustos.
B/n o olha por alguns segundos, desviando o olhar para frente. As lágrimas já não desciam mais, porém o sentimento de culpa era bem presente.
Haku entendia que B/n estava em choque, era apenas uma criança.
— Toma – Ele oferece ao garoto um bolinho de arroz. — Pode comer, vai se sentir melhor.
O garoto, mesmo relutante, pega o bolinho de arroz. Ele olha para Haku, como se esperasse alguma outra confirmação, e Haku acena com a cabeça.
B/n dá uma mordida pequena, se surpreendendo com o sabor, logo mordendo em pedaços grandes.
Grosas lágrimas começam a escorrer pelo rosto, e o garoto volta a chorar. Ele termina de comer o bolinho, se deleitando em um choro que estava preso na garganta, um choro doído.
Haku oferece o resto dos bolinhos de arroz, que B/n aceita e os come ainda chorando.
Ele termina, se encolhendo num espaço imaginário, buscando conforto. De fato, como Haku disse, B/n se sentiu melhor após comer os bolinhos.
Haku, para tentar reconfortar o garoto, ele o abraça, passando seu braço por seus ombros e o puxando para um abraço melhor.
B/n se sentiu confortável, acolhido, feliz...
Haku não era tão ruim como diziam, muito menos arrogante, pelo menos, não com ele.
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