Como eu disse anteriormente, as atualizações vão demorar bastante, desde já, peço desculpas por serem tão lentas. :)
Boa Leitura ( ̄︶ ̄)↗
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Batendo o pé embaixo da carteira, eu observo o professor explicar os slides atrás dele, entediada, debato mentalmente se deveria ou não passar na biblioteca depois da aula. Um breve momento depois, o sinal toca, me fazendo dispersar dos pensamentos.
Caminhando em um ritmo constante, observo a rua ao meu redor, nada além do normal passava nela. Mais algumas ruas depois e eu já estava na biblioteca, empurrando a grande e velha porta de carvalho, entro no local, indo direto para a sessão de terror esperando encontrar alguma novidade, porém, não havia nada que eu já não tivesse lido, entretanto, uma estranha caixa empoeirada no final do corredor me chama a atenção, ela não estava lá na ultima vez que eu fui até a biblioteca. Ando até a tal caixa e resolvo mexer nela, somente alguns livros empoeirados e praticamente desmanchando de tão velhos, até que, chegando no final da caixa, algo finalmente atrai minha atenção, um estranho e diferenciado livro, sua capa era aveludada na cor carmim, alguns detalhes de ouro eram encontrados nas pontas, em seu centro, um pentagrama também dourado e suas folhas amareladas.
"Até que enfim algo interessante" murmuro, indo com o livro até a bancada da bibliotecária. A velha senhora, olha para mim enquanto coloco o livro em cima da bancada, ela pega o livro e o examina, depois o coloca de volta sobre a mesa. "minha querida, onde você achou este livro?" A senhora pergunta, curiosa sobre minha resposta. "ah é...em uma caixa, na seção de terror..." Aponto para o corredor onde estava a caixa. "aqueles livros seriam jogados fora" a senhora comenta, batendo os dedos distraidamente na bancada "oh certo" falo um pouco triste, pois aquele livro realmente havia me chamado a atenção. "Se me lembro bem, você é a senhorita Ayamara não é?" a senhora sorri, olhando para mim "sim, senhora Midlley"..."Vejo que suas visitas são constantes a esta biblioteca, minha jovem, Você vem aqui quase todos os dias! Bem, já que és uma visitadora vitalícia, o que achas de ficar com o livro?" Midlley sorri gentilmente, esperando por minha resposta. "Sério? A senhora tem certeza?" Falo um pouco mais alto, estando feliz com tal notícia, a senhora gesticula para que eu fale mais baixo e eu paro de falar alto "Sim, sim, estou falando sério, pode ficar" Eu sorrio, dizendo vários "obrigada" bem baixinho.
Depois de agradecer a Senhora Midlley, vou embora da biblioteca, continuando o caminhada até minha casa. Folheio algumas páginas, vendo um breve relance do que se tratava o livro, enquanto pressupunha se o fato de eu ter acabado de ganhar um livro no qual me interessei era apenas uma mera coincidência ou se havia algo por trás. Passando pela calçada, chego á minha casa, colocando o livro em baixo de um dos braços, procuro pelas chaves no bolso da minha mochila, encostando os dedos na base de metal do chaveiro, puxo a chave, coloco ela na fechadura, ouvindo um crack abro a porta girando a maçaneta e empurrando ela um pouco. Como de costume, jogo a mochila em qualquer canto, junto de meus sapatos. Moro sozinha, então não tenho que me preocupar com visitas inesperadas.
Time Skip
Era cerca de 22:00, eu já havia tomado banho, jantado e agora estava lendo o livro, passando o dedo pela tinta da gravura, observo-a atentamente, a imagem consistia em um demônio meio cervo, tendo longos braços e pernas, além de um sorriso sinistramente bizarro, no topo de sua cabeça, se encontravam um par de orelhas pontudas e dois chifres, idênticos a de um cervo, em uma de suas mãos, um cetro, semelhante a um microfone da década de 60, na verdade, toda sua roupa também aparentava ser da mesma época. "Alastor" eu murmuro para mim mesma, esse era o nome do demônio, acima de seu nome, havia uma espécie de rank, pelo que parecia, ele era um Overlord, diferente das outras escritas, seu nome e seu rank foram escritos em uma estranha tinta vermelha, semelhante a sangue e na outra página, continha um emaranhado de rabiscos, como se alguém quisesse impedir as pessoas de lerem o conteúdo, porém, minha curiosidade era muita para apenas deixar isso passar. Com a ajuda de um lápis e um papel em branco, rabisco levemente no papel, fazendo a escrita do livro ser transferida para ele, a escrita era pouco legível, mas mesmo assim, eu li, era um ritual para invocar o tal do Alastor algo estranhamente simples, para dizer a verdade até uma criança conseguiria. Tentada a continuar matando minha curiosidade, resolvo fazer o ritual. Seguindo a risca o que era pedido, dando 00:00, fiz um circulo no chão e um pentagrama no meio dele utilizando sal, em seguida, acendi todo meu estoque de velas pretas e coloquei em volta do circulo, apago as luzes e me sento no meio do pentagrama, com o auxílio de um alfinete, furo meu dedo, fazendo uma cruz ao contrário no rádio antigo que estava de frente para mim dentro do circulo, rodo os botões do rádio três vezes até o número seis e chamo por Alastor. "Alastor, sintonize comigo. Alastor, sintonize comigo. Alastor, sintonize comigo" o rádio continua a fazer barulho de interferência, sem nenhum contato até que-
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CRABRUM!
Um alto estrondo grave ocorre, seguido de um relâmpago, era apenas a tempestade lá fora. Eu desisto de fazer o contato com o tal demônio e acendo as luzes novamente, limpo a bagunça que fiz com o ritual e resolvo que já era hora de dormir, dando alguns bocejos no caminho, vou para a minha cama, deixando o livro na escrivaninha, de frente para minha cama. Me deito, sentindo-me um pouco frustrada, fecho meus olhos, caindo no sono.
Meu sono dura pouco, acordando no meio da noite, meio sonolenta, ouço o leve som das gotas d'água caindo na minha janela, puxando meu celular, coço os olhos e averiguo as horas, eram 03:30. Mas não era isso que chamava minha atenção mas sim o fato de que o livro não estava mais na escrivaninha. Meu coração acelera um pouco, pois eu tinha certeza de que coloquei o livro lá, estando mais acordada agora, pude ouvir outro som além das gotas de chuva, um som de interferência de rádio ecoava sorrateiramente no quarto, mas eu tinha desligado o rádio e ele estava na sala, então, o que poderia ser tal ruído?
Viro a cabeça lentamente na direção do barulho e...
..."Olá minha que-"
"AAAAAAAAAAAAHHHHH!!!! MAIS QUE PORRA?!"
Me afasto da estranha voz, que continha um maldito sorriso enorme e amarelo que facilmente poderia engolir minha cabeça. Saindo da cama as pressas, tropeço no lençol e caio no chão, esperando acordar e isso ser apenas um maldito pesadelo, o problema é que isso era malditamente real.
"Ei, Ei, isso não é uma linguagem adequada para uma bela moça como você, minha querida~" Eu olho para cima, vendo a alta figura me encarar com olhos vermelhos e profundos enquanto ri de mim. "O-olha...eu..eu não sei quem é você nem o que você quer, m-mas se for pra me matar, faz isso logo!" o demônio ri de novo, a risada dele era estranha, como se um monte de pessoas rissem ao mesmo tempo com sintética de rádio, prestando mais atenção agora, a voz dele em si era como se ele falasse através do rádio. "Matar você? Minha querida, porque eu machucaria alguém que me tirou do calorento e insalubre inferno depois de...eu nem sei quantos anos! Mas respondendo sua pergunta-" o estranho me puxa pelo braço, ele tinha apenas quatro dedos com garras longas, ele me levanta, me colocando de pé e apertando minha mão. "Eu sou ALASTOR O incrível e majestosamente elegante Demônio do Rádio!"
Apenas três palavras saíram da minha boca. "Puta. Que. Pariu..."
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Submundo (Alastor x fem. S/N)
Chick-LitLenny, uma jovem adulta entediada e fã de elementos do horror, acha um livro misterioso e resolve dar uma inspecionada nele, mal sabia ela, que agora, ela estava condenada ao submundo.