Deixe-me ir. - Alex Leston.

Cap 1

Correndo ela consegue finalmente pegar o seu ônibus,seu cabelo ruivo estava meio bagunçado por conta da correria,isso era típico da Cooper,atrasos.

Seus dedos passavam pelo livro em sua mão,um livro de psicologia de sua faculdade.

Seus pensamentos estava no seu professor Toper,que a mataria por chegar atrasada pela terceira vez na semana,o ônibus demorou em média uns 30 minutos para chegar até a faculdade.

Assim que a porta abriu o sol invadiu seus olhos fazendo ela fazer uma careta instantaneamente,os passos eram apressados até sua sala de aula,e por um milagre,o professor não havia chegado.

- Não consegue ficar um dia sem se atrasar dona Maya? - Elen diz a amiga sorrindo irônica.

- Fica quieta. - a ruiva se senta ao lado da amiga. - A aula nem começou.

- Na verdade..a primeira aula acabou. - A olha.

- O que?

- Sim, inclusive, tem um trabalho. - Maya se xingou em mil palavrões.

- Em dupla?

- Graças a Deus, vamos lá em casa depois da aula, meu irmão não vai tá lá.

- Seu irmão? - Olha confusa.

- É, o que tava fazendo intercâmbio na Europa.

- Não lembro de você ter me falado dele.

- Eu ter falado ou não, não importa, você não lembra de nada, tenho dó dos seus futuros pacientes.

Quando Maya ia responder,o próximo professor chega e elas se calam.

As aulas acabam, Maya e Elen estavam caminhando até a casa da morena.

- Você viu que tá todo mundo falando sobre o novo garoto da faculdade? - Maya pergunta enquanto olha para a tela do celular.

- como não ver quando se trata do meu próprio irmão, não sei o que esses bando de periguete veem nele.

- Ele é ao menos bonito? - Diz sorrindo perversa para provocar a amiga que a olha revirando os olhos.

- Como se você se importasse com isso. - Maya riu, e boa parte não era mentira, a ruiva nunca foi de reparar em garotos ou dar trela pra qualquer um, mas claro, também não era cega, sempre tinha um lance ali ou outro aqui. - Seu irmão melhorou?

- Ele continua com dor no corpo, mas, tenho certeza que é apenas desculpa para não ir a escola. - o irmão de Maya, o Max, estava com dengue.

- Coitado, você não tem empatia. -a morena fala e logo que elas viraram a rua, viram uma casa com um bando de garotos na frente. - Eu não acredito, não era pra ele estar em casa.

Maya franze o cenho ao ver aquilo, não era normal a casa de Elen estar com tanta gente, até porque os pais deles não eram lá os mais liberais com ela.

- Quem são?

- Amigos do sem noção do Alex. - Ela diz assim que chega perto pra ele escutar.

- Voltou cedo. - o garoto diz sorrindo, um sorriso que poderia desestabilizar qualquer uma.

- A festa não ia ser na casa do Bryan? - cruza os braços.

- Mudei de ideia. - Maya apenas observava quieta. - e quem é essa cabelo de fogo? - Seu olhar se volta pra ela que sorri gentil.

- Meu nome é Maya, é um prazer. - Como sempre,a ruiva é super educada e tenta ignorar o apelido que ele a deu.

- O prazer é todo meu. - Seu olhar percorre seu corpo de cima pra baixo deixando Maya meio sem reação.

- Vem Maya, não liga pra esse idiota. - Elen pega na mão da amiga a levando para dentro da casa. - Eu não to acreditando que ele não me avisou que ia ficar aqui.

- Acho que não vai ter problema, eles estão lá fora.

- Eu espero que não. - diz adentrando no quarto, um lugar bem espaçoso, Maya se joga na cama.

- Não estou nem um pouco afim de fazer esses trabalho. - Fala fazendo uma careta, Elen a joga um travesseiro repreendo sua fala, o som de fora parece aumentar de propósito e a morena reviro os olhos. - Ele só quer te provocar.

- Ele vai ver quando a mamãe chegar, vou acabar com a vida dele. - Se joga ao lado da amiga. - Eu ouvi falar que tá tendo vaga de emprego na lanchonete aqui perto de casa, você não tava procurando?

- Tava sim, mas sua casa é bem longe da minha, seria difícil vir aqui todo dia e depois ainda por cima voltar pra minha. - suspira, Maya queria esse emprego pra pode pagar os remédios da vó, ela estava com câncer no pulmão, os remédios eram um absurdo de caros, e apenas o salário de seus pais não estava sendo o suficiente para isso.

- Eu dou um jeito de te buscar de carro, ou mando minha mãe, ela te adora. - a olha.

- Não quero ser inconveniente a esse ponto Elen, eu me viro.

- Você é uma chata. - revira os olhos. - A lanchonete fica a dois quarteirões daqui, se pensar na proposta.

Maya apenas concorda, as duas se levantam e criam coragem de fazer o trabalho, era sobre como lidar com os sentimentos, coisa que Maya estudava a anos, mas, nunca soube fazer.

~

O tempo passou voando, quando a menina foi ver, já eram sete da noite.

- Janta aqui. - sugere Elen sorrindo.

- Meu irmão já está desesperado atrás de mim, se eu ficar mais capaz dele vir aqui me buscar. - fala rindo.

- Por que ele sempre é tão protetor? -revira os olhos con tédio.

- também não consigo entender. - se levanta e pega suas coisas. - até amanhã, não precisa me levar ate a porta. - fala antes de sair do quarto, ela desce as escadas e vai até a grande porta de entrada, assim que sai vê Alex, sentado em meio a vários garotos.

- Já vai? - Ele pergunta.

- Já sim.

- Quer uma carona?conheço seu irmão. -ele se levanta.

- Não precisa, obrigada. - se o irmão dela visse ela chegando com algum garoto, ela e o garoto estariam mortos.

- Tem certeza?Tá tarde já. - Se aproxima.

- Absoluta, obrigada. -sorri gentil e sai dali caminhando até a lanchonete, ela no aceitaria a oferta da amiga mas tentaria dar um jeito.