CHASE: E onde que vai ser esse "compromisso"?CAPITÃO: Numa cafeteira conhecida no centro da cidade. Faz parte do plano publicitário do Órgão Real de Relações Públicas.
CHASE: Ah, é claro que faz...
Eu nem tomei um banho sequer, mas já fui levado para uma limousine real no estacionamento do castelo. Tinha de TUDO lá dentro, desde balinhas de café até crème brûlée e espumante. Nunca coloquei uma bebida alcoólica na boca, sendo menor de idade, mas fiquei tentado a experimentar da variedade de vinhos que tinha disponível ali dentro.
De qualquer forma, eu tinha compromisso. Um infeliz compromisso.Não demoramos muito até começar a ver repórteres filmando do lado de fora. A nossa velocidade diminuiu, até um dos guardas nos bancos da frente da limousine avisar que havíamos chegado.
Outro guarda abriu a porta, e nesse instante, dezenas - ou centenas- de flashes me cegaram de uma só vez. Apontavam microfones para mim ao mesmo tempo que tentavam falar uns por cima dos outros, mesmo eu sem entender nada. Os guardas que me acompanhavam, que não eram poucos, tentaram o seu melhor para mantê-los afastados, mas não foi de grande ajuda.
Achei que ficaria cercado ali por um bom tempo, até que conseguimos alguma coisa. Os barulhos foram diminuindo, e o espaço a minha volta estava cada vez maior. A cavalaria real havia chegado, e fizeram a todos se afastarem. Pararam na entrada da cafeteira e ficaram de prontidão.- Alteza, por favor, peço que entre. - Orientou um dos guardas.
Se do lado de fora estava lotado, dentro estava completamente vazio. Um grande espaço, apenas com seus funcionários na entrada.
Assim que me viram, corrigiram a postura e cessaram as conversas. Pareciam que estavam diante da dona Morte ou algo assim.
Depois de se reverênciarem, uma senhora, a única que não usava uniforme, se aproximou sorrindo e estendeu sua mão.- É um enorme prazer recebê-lo aqui em meu estabelecimento, vossa Majestade! - Eu apertei sua mão, e a não parava de sacudi-la.
- Ainda não "Majestade", senhora... - Disse meio desconfortável.
- Ah, me perdoe, me perdoe... Erro meu. - Começou a se reverênciar como desculpa várias vezes seguidas. Eu não tava curtindo isso tudo.
- Isso não é necessário mesmo, senhora... Eu não devia ter corrigido.
- Não, vossa Alteza! O erro foi todo meu! Me perdoe, por favor.
Eu sabia que ela não iria me deixar "ganhar" essa, então só sorri educadamente e pedi licença.
- Os meus convidados já chegaram?
- Sim, alteza. - Uma funcionária respondeu - Estão esperando por vossa alteza no segundo piso.
Ela nos levou as escadas, onde chegando lá em cima, senti até o ar gelar. Assim como o 1° piso, estava completamente vazia, se não fosse por uma mesa distante, bem ao centro do salão, onde 2 pessoas estavam sentadas de costas às escadas. De longe, a única coisa que conseguia sentir, além do clima pesado, era o cheiro. Por ele eu consigo aprender muito sobre uma pessoa. Era um homem mais velho, e uma garota. Ambos ricos, com certeza. E além disso, algo a mais... Algum outro cheiro que eu não sabia explicar exatamente o quê era.
Os meus últimos guardas ficaram na escada, e eu me aproximei sozinho. Os 5 segundos mais tensos de todos.
Passei pelo lado deles, e depois fiquei em pé, em sua frente. Me curvei, como qualquer um faria, mesmo sem saber direito quem são eles ou o quê isso afetaria a minha vida. Ou melhor, minha "nova" vida.
- Olá novamente, senhor Cooper.
Assim, que me levantei, eu vi que o senhor Cooper estava com a mesma cara de ignorante de antes, mas eu não tinha visto a garota ao seu lado. Ela era uma cópia do senhor Cooper, que mesmo sendo mais velho e tedioso, era admirável. Tinha os mesmos cabelos loiros tão claros quanto a pele, que fazia seus olhos rosas se destacarem ainda mais.
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PATRULHA CANINA: O REI PERDIDO
FanfictionParecia uma semana normal em NY na vida de Chase Parker, até ele descobrir que seu pai, o rei de uma importante nação, morreu, e agora ele foi chamado pra governar. Isso vai dar certo? Chase vai abandonar sua cidade pra ir governar o seu reino?