Capítulo 2

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Estar no mesmo ambiente que Christopher depois de tudo o que ele me fez ainda era difícil

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Estar no mesmo ambiente que Christopher depois de tudo o que ele me fez ainda era difícil.

Não porque eu ainda o amo ou algo do tipo. Nem pensar! A única coisa que sinto por ele é ódio.

Foram anos tentando entender o porquê ele me abandonou no estoque do Nina Beuty e foi direto pedir Carla em namoro. Mas antes de voltar do intercâmbio eu entendi que ele só queria uma idiota pra perder a maldita da virgindade dele.

Esse entendimento foi o suficiente para eu prometer para mim mesma que o odiaria para sempre, e trataria de fazer da sua vida um inferno sempre que eu pudesse. Me aturar era uma forma de ele pagar todas as lágrimas que me fez derramar.

Óbvio que se eu pudesse me manteria longe dele sempre, mas como eu amo a Nina Beuty, isso nunca seria uma opção. A sorte é que escolhemos coisas diferentes dentro da empresa.

Sou formada em química e há alguns anos assumi o papel de diretora de testes e produtos da empresa. Minha área favorita desde que me entendo por gente.

Christopher acabou se tornando o CEO da empresa depois de ganhar votos em uma reunião que, pasmem, fui a única que não votei a favor. E não porque ele é incapaz de administrar a empresa, e sim porque eu queria ver ele espumar de tanto ódio.

Quando concordei em vir jantar na casa da família Uckermann, não imaginei que ele apareceria. Christopher nunca me contou o motivo, mas nunca foi muito fã da sua mãe e se esforçava pouquíssimo para se manter perto dela.

Por isso, quando ele apareceu pensei que poderia comer e já sair correndo, mas infelizmente não foi assim que aconteceu, pois Poncho me puxou para o jardim para conversar sobre nossos amigos em comum.

No início, estávamos apenas nós dois em frente a piscina, mas logo os mais jovens começaram a se aproximar e quando me dei conta, estávamos sentados em círculo como fazíamos antigamente.

Christopher se aproximou pouco tempo depois, com Santiago o puxando pela mão e o fazendo se sentar na grama. Ele parecia relutante, mas nunca negaria nada para o sobrinho.

O pequeno garoto se aconchegou no colo do tio e adormeceu minutos depois, agarrado no mesmo.

Apesar de odiar Christopher, eu admirava seu carinho por Santiago. Para alguma coisa esse ogro tem que ter coração.

— Você, Poncho e Christopher eram insuportáveis. Ficavam trancando a gente dentro dos closets. — Camilla disse revirando os olhos, enquanto riamos ao lembrar da infância.

— Eu sou agradecida por ser tão mais nova nessas horas. — Mariana disse arregalando os olhos de leve.

— Isso tudo é porque Peter não tinha ninguém para ser atentado assim com ele. — Poncho disse rindo.

— Meu irmão não é assim porque é um príncipe. — Brinquei e o mesmo deu de ombros, sorrindo para mim.

— Nossa infância era mesmo incrível. — Martín disse suspirando com um ar triste. — Uma pena que Carla não está aqui para relembrar dessas coisas também. — Um silêncio estranho tomou conta do ambiente. O nome dela não era citado fazia tempo.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora