!.愛ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ ⁷☁

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Clarice se aproximou de Esmeralda, cuja respiração quente denunciava a intensidade de sua febre

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Clarice se aproximou de Esmeralda, cuja respiração quente denunciava a intensidade de sua febre. Com um sorriso de gratidão, Clarice dirigiu seu olhar a Seraphina, reconhecendo nela a bondade que transcende julgamentos pessoais. Esse gesto reavivou a memória de Clarice sobre a gentileza de Seraphina, que a acolheu naquela fazenda, proporcionando-lhe abrigo e conforto durante a primeira noite que compartilharam.

Seraphina, percebendo o olhar de Clarice, sorriu lentamente proferindo com uma expressão travessa e autoconfiante:

— Apreciando minha beleza, Clarice?

Clarice, com uma mudança sutil no olhar, tocou no ombro de Seraphina e sussurrou:

— Não seja tão convencida! Eu só estava observando enquanto cuidava da senhorita febril...

A expressão de Seraphina mostrava que pouco se importava com o empurrão de Clarice. A dinâmica entre elas era marcada por provocação e descontração.

Algumas horas se passaram, com Seraphina, Clarice e Morgana sentadas em cadeiras. Seraphina, quase adormecida, bocejava repetidamente, enquanto Clarice e Morgana liam os livros que esta última trouxera para entretenimento. Morgana, fechando bruscamente seu livro de capa dura, dirigiu um olhar sério a Seraphina, que continuava bocejando alto e se espreguiçando. Com voz grave e calma, Morgana disse:

— Não poderias bocejar mais baixo? Estás a interferir em minha leitura, Seraphina. Ou será preciso eu me levantar para te silenciar?

Seraphina prontamente retomou uma posição adequada na cadeira, corrigindo-se da postura inclinada e com os pés sobre ela. Emitindo uma risada sugestiva, ela olhou para Morgana com um olhar sedutor e malicioso, comentando:

— Apreciaria bastante se utilizasses esses braços fortes para me silenciar...

Soltando uma risada, Seraphina continuou a provocação, enquanto Morgana, com uma expressão séria, se aproximava dela. Batendo de forma não muito brusca na cabeça de Seraphina com o livro que segurava, e Clarice, mesmo em silêncio, não pôde deixar de sorrir enquanto lia seu livro.

Seraphina, entediada após alguns minutos enquanto Morgana e Clarice continuavam sua leitura, ousou colocar seus pés sobre a mesa, suspirando:

— Vamos fazer algo mais interessante, algo que não seja chato.

Morgana, prestes a retirar os pés de Seraphina da mesa com as pontas dos dedos, foi interrompida por Esmeralda, que apareceu na porta toda suada, indicando sua recuperação da febre. Vestindo apenas roupas íntimas da época, como uma calcinha longa e uma larga blusa branca, Esmeralda disse com sua voz naturalmente sedutora:

— Estava suando, então... saí do quarto.

Seraphina lançou um olhar indignado a Esmeralda, não tanto por esta estar vestindo roupas íntimas, mas sim pela antipatia que Seraphina nutria por ela. Suspirando, Seraphina cobriu os olhos de Clarice, que inicialmente ficou confusa, mas continuou sem enxergar ao redor devido às mãos de Seraphina. Morgana prontamente pegou um cobertor, envolvendo o corpo de Esmeralda, e a conduziu ao quarto, enquanto Esmeralda exclamava:

— Estás fora de juízo? Veste uma indumentária, Esmeralda...

Esmeralda revirou os olhos, suspirando profundamente, e foi vestir uma roupa ao fechar a porta de madeira. Morgana, aproximando-se da cadeira onde estava sentada, comentou:

— Essa mulher me irrita profundamente...

Seraphina sorriu, proferindo com um toque provocador:

— Ela te irrita porque você gosta dela, não é? Eu conheço você, Morgana.

Enquanto Seraphina provocava Morgana, esta última empurrou a cadeira de Seraphina com o pé, fazendo-a cair. Todas começaram a rir, incluindo Clarice, que se divertiu com a cena.

Seraphina, deitada no chão com um dramático olhar de dor falsa, elevou sua voz em um grito teatral para atrair a atenção de todos:

— Puxa, como tendes a coragem de me empurrar da cadeira, Morgana? Sois cruel!

Com um semblante cômico, Seraphina aproximou-se de Morgana, tentando abraçá-la com uma expressão fofa, porém Morgana a empurrou para longe, revirando os olhos. Nesse movimento, Seraphina acabou esbarrando em Esmeralda, que observava a cena à porta. Seraphina, rapidamente, recobrou sua postura séria, ocultando a tentativa anterior de parecer fofa.

Esmeralda sorriu, tocando no queixo de Seraphina como se estivesse prestes a beijá-la, e proferiu com sua voz sedutora e feminina:

— Sentis dor? Não me recusaria a cuidar de alguém tão encantador como vós...

Um riso irônico escapou dos lábios de Esmeralda ao perceber que seus flertes provocativos fizeram as bochechas de Seraphina corarem lentamente. Em resposta, Seraphina afastou-se dela, dando alguns passos para trás com um olhar de deboche. Esmeralda, parecendo não se importar, dirigiu-se a Morgana, sentando-se em seu colo e indagando em seu ouvido com mais uma pitada de provocação:

— O que estais lendo, querida?

Seraphina observa a cena com as sobrancelhas arqueadas, enquanto Clarice, com os olhos ligeiramente arregalados, busca compreender se Morgana possui um conhecimento mais extenso de Esmeralda do que Seraphina. Havia uma curiosidade latente em Clarice, questionando se Morgana mantinha uma relação mais íntima com Esmeralda ou se estava, possivelmente, considerando tal possibilidade.

Enquanto Morgana explicava o conteúdo de seu livro a Esmeralda, esta última parecia desinteressada, brincando com os próprios cabelos cacheados e acariciando sua pele macia. Interrompendo as palavras de Morgana, Esmeralda sugere com tédio evidente:

— Ah, vamos fazer algo mais interessante. Cansei de ficar naquele quarto monótono...

Esboçando um sinal de concordância inusitado, Seraphina, pela primeira vez, concorda com Esmeralda:

— Nunca pensei que diria isso, mas concordo com essa mulher. Vamos buscar algo mais estimulante...

Esmeralda observa com curiosidade Clarice, que permanece em silêncio, apenas observando as três mulheres em sua conversa. Aproximando-se de Clarice, Esmeralda pergunta com carinho:

— O que aconteceu com a garotinha? Tão quieta, ela não fala?

Com uma voz suave, Esmeralda examina Clarice de cima a baixo, notando seu desconforto com o olhar atento. Morgana responde rapidamente:

— Ah, ela é bastante reservada mesmo... Não se comunica muito com outras pessoas, apenas com Seraphina, pois foi a primeira a conhecê-la e conquistar sua confiança, eu acredito.

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