Carnaval.

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Apenas uma One Shot para os que shippam pitanda. Boa leitura.

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POV Narrador

As ruas de Maceió estavam tumultuadas, a multidão afoita pelo carnaval, pulando ao ritmo do batuque que ecoava pela avenida. Alguns artistas se apresentavam e o entretenimento era garantido, especialmente quando se tratava de Pitel, que bebia a cerveja em mãos com fervor, pulando junto a alguns de seus amigos. Quanto mais o carro alegórico se afastava, parecia que mais seus amigos faziam o mesmo, não intencionalmente, mas se deixando levar de modo que a cacheada ficasse perdida em meio as pessoas que lhe apertavam, os corpos se roçando a cada segundo. O suficiente para que Giovanna desejasse tomar um ar em um lugar mais tranquilo, afastado. Sabia um ponto de encontro aonde poderia encontrar seus amigos, então não estava apavorada, embora irritada por estar sozinha no meio daquele pessoal.

— Porra, que caralho, pularam tanto igual pipoca que fugiram da nossa panelinha. — Falava consigo mesma, soltando uma risada nasal enquanto ia até um dos trailers aonde vendiam caipirinhas e outros drinques simples. — Me veja uma caipirinha de limão aí, minha gente. — Pediu dando leves tapinhas contra a bancada do trailer que lhe recebia.

— E uma pra mim também. — O sotaque carioca ecoou ao pé do ouvido de Pitel, que olhou pra trás em busca da dona das palavras. Fez um bico, encarando a máscara que cobria as feições da mulher, marcando os olhos castanhos, que pareciam carregar um olhar felino e faminto enquanto secava o corpo da cacheada sem pudor algum. A boca bem desenhada foi observada por Pitel, que pegou sua caipirinha e então ajeitou o cropped de oncinha que usava, decotado. Um conjunto a sua saia, e as orelhas que faziam parte da fantasia de onça. Agora, mais afastada, era possível conversar, no mínimo, adequadamente.

— A chaipirinha daqui é muito boa! — Pitel falou um pouco alto, atraindo mais ainda a atenção da morena, que agora se colocava a frente, as costas escoradas na batente da lateral do trailer. Fernanda cruzava os braços na espera da bebida, paciente, diferente de algumas pessoas. Talvez, agora houvesse encontrado um motivo para meter o pé na bunda de seu ficante idiota e se divertir de verdade naquele carnaval.

— Vou confiar no seu gosto, bonequinha. — Uma piscadela fora lançada em direção a Pitel, que quase engasgou ao ver o ato da loba. Ela estava realmente investindo e flertando consigo. E talvez pela bebida ou outros fatores, mas Pitel se sentia pronta o suficiente para investir na primeira pessoa naquele bloquinho de carnaval. E seria Fernanda

— Eu tenho um gosto bom. — O duplo sentido soou assim que a cacheada se aproximou devagar e prensou o corpo de Fernanda contra a lataria do trailer de bebidas. Os corpos quase que colados, uma proximidade deliciosa, o suficiente para fazer a calcinha da Bande encharcar.

Ela esperava por algo, por alguma atitude, mas para a sua surpresa e frustração, o que Pitel fez foi esticar um dos braços para pegar a caipirinha que o atendente direcionava a morena, por trás da mesma. E então, a entregou, um sorriso no canto da boca, notando que a mínima provocação era o suficiente.

— Tenho certeza que tem. Aqui... — A Bande bebericou uns goles de sua bebida e então levou a ponta dos dedos até os lábios de Pitel, numa carícia suave. — E aqui. — O joelho se encaixou entre as pernas da garota, na maior cara se pau possível enquanto invertia as posições, tomando o controle.

— Tu sempre faz isso? Aborda garotas em bloquinhos de carnaval pra seduzir e levar pra cama? — Riu ao perguntar, inclinando a cabeça para o lado. O sotaque alagoense era forte, e para Fernanda, sexy o suficiente para que desejasse a ouvir falando as coisas mais sujas e indecentes possíveis.

— Só as vestidas de onça, que bebem caipirinha de limão. — Sibilou, a boca indo até o ouvido de Pitel, aonde mordiscou o lóbulo, bem de leve, os dentes raspando abaixo, indo ao pescoço macio e torneado, aonde depositou um beijo molhado e gostoso.

Masquerade • One shot pitandaOnde histórias criam vida. Descubra agora