CAPÍTULO 01

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A taverna estava um caos, como de costume

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A taverna estava um caos, como de costume. Cada marmanjo de espada na cintura e sede de cerveja contribuía para o barulho ensurdecedor.

– Não podemos passar mais uma noite nesse lugar. – Disse Danúbia, a pirata alta que pôs as mãos na mesa entre dois homens sentados ali. Ela os conhecia muito bem.

– Capitã, não encontramos nada... – lamentou um deles, um sujeito de meia-idade com barba longa, visivelmente desanimado.

– Não vou desistir tão fácil, Leone. – Retrucou ela, sentando-se à mesa com firmeza. – Deve haver algo por aí que nos leve até ela. Juro que não vou descansar até arrancar uma resposta daquele velho miserável. Vocês sabem disso – acrescentou, baixando a voz. – Não passei anos buscando respostas em vão.

Seus cabelos rebeldes caíram pelos ombros para frente e, pelo canto do olho, viu uma moça bonita se apoiar na mesa enquanto apertava o decote.

– Capitã. – Ela cumprimentou. – Ouvi dizer que estava por estas terras... – disse colocando a franja ruiva atrás de uma das orelhas.

A pirata a fitou como se fosse uma presa.

– Ora... quem te contou? – seus olhos brilharam à luz das tochas, como ninguém mais sabia fazer com tanta maestria.

– Ouvi dizer também que procura algo precioso... Sabe, posso lhe dizer que hoje os nobres darão um baile na parte rica da cidade. A Dominic...  – A ruiva apontou para a moça atrás do balcão. – ...Falou algo sobre uma joia élfica.– Ela se apoiou ainda mais sobre a mesa. – Imaginei que pudesse ser do seu interesse.

Danúbia franziu o cenho, decidindo se deveria confiar nas palavras da ruiva, os nebúrianos não eram exatamente conhecidos por sua honestidade.

– Suas histórias são famosas, Capitã. É uma honra finalmente poder vê-la.

A pirata estreitou os olhos e sorriu com o canto dos lábios, satisfeita.

Ela fala demais.

Fala demais, mas fala o que eu quero ouvir

Ela olhou para seus companheiros, que entenderam o recado.

Depois, voltou-se para a moça e se levantou, curvando-se para cumprimentá-la.

– Eu fico muito agradecida. – Danúbia pega a mão da moça e a leva até os lábios, sem pressa alguma. – Foi um prazer conhecê-la também.

Ela vê as bochechas sardentas da garota ficando mais rubras à luz das tochas e sorri, enquanto joga uma bolsa de moedas no balcão da taverna.

– Até logo. – Diz, ainda sorrindo.

E então em passos largos, ela sai da taverna, cada adereço tilintando ao caminhar. Com uma confiança terrível impressa em cada passo.

– Temos um plano? – Um dos quatro marujos perguntou ao companheiro enquanto seguiam a capitã. Era ruivo e tinha uma voz grossa. Seu nome era Barone.

– Temos um plano. – Concluiu Alex, olhando para a expressão determinada de Danúbia.

– É claro que temos um plano! – Mancha era com certeza o mais animado dos quatro e, de longe, o maior deles. Empurrou Alex, que tropeçou nos próprios pés e enrolou metade do cabelo loiro no gancho que o companheiro mantinha no lugar da mão esquerda. O caminho curto até o navio foi dedicado a todos os palavrões que Alex mantinha no repertório dele.

Assim que subiu no navio, ancorado ao píer de Nebúria, Danúbia tirou o chapéu. Olhou para o horizonte meio esverdeado. Não havia nada que quisesse menos do que usar um vestido de baile espalhafatoso. Ela respirou fundo.

– Garotos, tomem um banho. Nós vamos para uma festa! – A capitã sorriu, entrando no convés, deixando quatro homens confusos murmurando coisas como "Festa? Baile? Banho?".

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⏰ Última atualização: Feb 14 ⏰

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