Sou uma garota triste, sou uma garota triste
Sou uma garota triste
Sou uma garota triste, sou uma garota malvada
Sou uma garota malvada
Ser uma vadia poderosa às escondidas
Pode não atrair a tolos como você
Se aproximar enquanto ele fica chapado
Iss...
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Ele se lembra de cada segundo, de cada minuto do momento com muita clareza. É como olhar para um espelho. Ele ainda pode sentir o toque áspero de suas algemas contra a palma da mão enquanto ele solta você. Ele ainda pode ouvir o bater dos seus pés no convés de metal.
Tudo o que ele precisa fazer é ver aquela pequena cicatriz no seu peito, logo abaixo da sua clavícula, e ele estará de volta naquele momento horrível. Num momento ele está deitado ao seu lado na praia, observando as estrelas. Ele olha através de suas feições, até seu pescoço, onde fica um colar de contas que ele fez para você. Até o pingente pendurado no gancho do esterno. E então seus olhos pousam na cicatriz.
No momento seguinte, ele é lançado de volta no tempo. Ele engasga com a fumaça espessa que enche o ar. As pessoas estão gritando e gritando. Você está bem ao lado dele.
ALI!
Ele pode sentir o toque do seu pulso no dele enquanto você segue Lo’ak. Spider está em algum lugar lá dentro. O navio geme e protesta enquanto lentamente começa a afundar. Ele ouve você respirar.
Dentro e fora.
Dentro e fora.
Ele vê um jovem vestido com uma tanga e listras pintadas. Aranha. Você o pegou. E então há o tiroteio. Ele está saltando do navio, com uma rajada de balas em seu rastro.
Seus pés cortam a perturbada superfície do oceano e a água o engole. Bolhas florescem ao seu redor. A agitação do mar o cega temporariamente e então ele volta à superfície. Ofegante. Ele começa a contar cabeças.
Lo’ak.
Spider.
Tsireya.
Onde você está?
Ele gira em círculo. Seus olhos pousam em um pedaço de bolhas estourando na superfície a poucos metros de distância. E então ele vê. A expressão de total agonia em seu rosto ao se libertar das ondas com um grito.
Há sangue.
Em todos os lugares.
Está jorrando do buraco no seu peito e se espalhando pela água.
Ele não consegue falar.
Lo'ak está chamando seu nome. Tsireya está estalando a língua descontroladamente e batendo palmas para chamá-la de ilu. Neteyam luta pela água. As mãos dele encontram seus ombros trêmulos enquanto você luta para ficar acima da água.
"Aguentar." Ele cospe com os dentes cerrados. À medida que a mão dele passa sobre sua omoplata, ele encontra o ponto de saída. Ele se sente mal.
Grosso, quente, bile subindo em sua garganta.
Fiquem juntos!
Ele diz a si mesmo. Há muito sangue. Suas mãos se fecham na entrada e na saída e ele pressiona com força. Você chora nele enquanto ele tenta estancar o sangue. Lo'ak puxa seu ombro e Neteyam está pronto para xingá-lo para a própria Eywa. E então Tsireya e Lo’ak os puxam para um ilu.
