– Anda, Rams, a gente tem que ir pro aeroporto, se não vamos nos atrasar.
Kelvin terminava de fechar suas malas, com muita dificuldade devido a quantidade de coisas que levava.
– Oh, Kevín, ocê não acha que tem muita coisa aí não? Nós num vai ficar só 4 dias lá nos estrangeiro do Rio de Janeiro, não?
Ramiro ajudava Kelvin a fechar uma das malas abarrotadas, tendo apenas uma mochilinha nas costas.
– Amor, é carnaval, a gente precisa de opções, fantasias, glitter, tô levando tudo, ué.
Ramiro puxa as calças pra cima como uma mania antiga já. Certas coisas nunca mudam.
– Êêrr, Kevín, num to gostando dessas ideia de glitry, fantasia, essas coisas purpurinada não, ocê sabe que eu não gosto, isso não é coisa de macho não.
Kelvin olha pra ele sério e Ramiro entende na hora.
– Mesmo que nós seje livre pra escolher o que quiser, macho ou muie, nós semo livres.
– "Nós somos", Ramiro, o verbo se conjuga: somos.
– Somos. Nós somos. Tá bom, Kevín, já guardei já.
O menor dá um selinho no marido e pega sua mala, entregando a outra para que Ramiro levasse.
– Eu que vou carregar, né? Eu sabia.
– Esse é o papel dos maridos, ué.
– Pequetito ta abusado.
Mais um selinho e um sorriso e os dois descem as escadas do bar, se despedindo dos presentes rapidamente, já que o táxi os esperava do lado de fora.
Kelvin percebia Ramiro nervoso durante todo o percurso, até mesmo depois do check-in e principalmente quando entraram no avião.
– Amor, o que foi? Você tá quietinho desde que saímos do Naitendei. O que está acontecendo?
Ramiro, que estava apertando os olhos fechados, olha para Kelvin com os olhos já cheios d'água.
– Oh, mozinho, eu tenho medo né? Quem me garante que esse foguetão é seguro?
Kelvin aperta a mão do marido e sorri pra ele.
– Eu garanto, meu medrosinho. Relaxa, é rapidinho. E eu to aqui, não vou sair do seu lado. Você confia em mim?
– Claro que confio, piquitito.
– Então meu príncipe, fica em paz. Prometo que vai ser rápido.
Kelvin dá um beijinho no ombro de Ramiro e deita a cabeça no ombro do maior, que sente seu coração aliviado ao perceber que seu amor realmente estaria ali.
O voo foi tranquilo, e Kelvin estava certo, rapidamente estavam no Rio de Janeiro, respirando ares cariocas.
Já era noite quando chegaram, portanto, cansados, dormiram assim que chegaram no hotel.
Ramiro acordou junto com o Sol, levantando da cama na mesma sintonia que o Sol aparecia no céu. Para Ramiro quentura do astro era a mesma do loiro que dormia tão tranquilamente do outro lado da cama. Seu corpo inflamava as mesmas chamas que a grande bola de fogo, presa ao céu. Ramiro era um universo vasto, grandioso, onde em seu próprio sistema solar, com aquelas roupas chamativas e purpurinadas, apenas uma estrela podia brilhar. E disso, ele se orgulhava.
Kelvin sentiu a parte vazia da cama e procurou pelo marido, achando-o parado em frente a janela que dava vista à praia. Era um quarto lindo.
– Você e essa sua mania de acordar cedo, mesmo que seja nas férias.
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CARNAL - KELMIRO
Lãng mạnOnde Kelvin e Ramiro curtem o carnaval do Rio, juntos, pela primeira vez. Oneshot de carnaval na quarta feira de cinzas, pode?